Mundo

Guerra: Israel anuncia bloqueio total da Faixa de Gaza: 'sem comida e eletricidade'

O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, afirmou que as autoridades israelenses vão cortar a eletricidade e bloquear a entrada de alimentos e combustível como parte de “um cerco completo” a Gaza

Faixa de Gaza: O bloqueio anunciado pode ser o pior já imposto a Gaza desde 2006 (AFP/AFP)

Faixa de Gaza: O bloqueio anunciado pode ser o pior já imposto a Gaza desde 2006 (AFP/AFP)

André Martins
André Martins

Repórter de Brasil e Economia

Publicado em 9 de outubro de 2023 às 08h55.

Última atualização em 9 de outubro de 2023 às 09h01.

O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, anunciou nesta segunda-feira, 9, que o país está realizando um bloqueio total na Faixa de Gaza, com proibição de entrada de alimentos e águas. Há dois dias, o grupo palestino Hamas realizou um ataque sem procedentes no território israelense. 

Gallant afirmou que as autoridades israelenses vão cortar a eletricidade e bloquear a entrada de alimentos e combustível como parte de “um cerco completo” a Gaza, controlada pelo Hamas, onde cerca de 2,3 milhões de pessoas vivem. “Estamos sitiando Gaza completamente. Não há eletricidade, nem comida, nem água, nem gás – está tudo fechado”, disse Gallant em um comunicado em vídeo.

O bloqueio anunciado pode ser o pior já imposto a Gaza desde junho de 2006, quando Israel impôs um bloqueio terrestre, aéreo e marítimo em retaliação ao ao sequestro de um soldado israelense, que seria libertado em 2011. A medida foi reforçada em junho de 2007, quando o Hamas assumiu o poder de Gaza e expulsou a Autoridade Palestina do presidente Mahmud Abbas. Desde 2018, o Egito manteve aberto, a maior parte do tempo, o posto fronteiriço de Rafah, o único ponto de passagem com o exterior fora do controle de Israel.

Mais cedo, o exército afirmou que tem o controle total das cidades do sul de Israel atacadas desde o início da ofensiva do Hamas. “Temos controle total das comunidades”, declarou o general Daniel Hagari, porta-voz do exército de Israel. O general esclareceu que “ainda pode haver terroristas na área”. Mais de mil mortos e 4 mil feridos já foram contabilizados, desde a ofensiva do grupo palestino, no sábado. 

LEIA TAMBÉM

Acompanhe tudo sobre:Faixa de GazaIsraelGuerras

Mais de Mundo

Eleições no Uruguai: Mujica vira 'principal estrategista' da campanha da esquerda

Israel deixa 19 mortos em novo bombardeio no centro de Beirute

Chefe da Otan se reuniu com Donald Trump nos EUA

Eleições no Uruguai: 5 curiosidades sobre o país que vai às urnas no domingo