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Guerra Fria acabou, mas nunca houve acordo de paz, diz Putin

Putin comentou que o atual sistema de segurança global e regional está "debilitado, fracionado e deformado" e já não é uma garantia contra "abalos"


	Putin: "a impressão é que os chamados "vencedores" da Guerra Fria decidiram levar a situação ao limite, criar um mundo ao seu gosto e para seus interesses"
 (Alexei Nikolsky/RIA Novosti/Kremlin/Reuters)

Putin: "a impressão é que os chamados "vencedores" da Guerra Fria decidiram levar a situação ao limite, criar um mundo ao seu gosto e para seus interesses" (Alexei Nikolsky/RIA Novosti/Kremlin/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 24 de outubro de 2014 às 11h06.

Moscou - O presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou nesta sexta-feira que "a Guerra Fria terminou, mas nunca houve um acordo de paz" com novas regras de jogo para as relações internacionais, e acusou os Estados Unidos de quererem impor ao mundo seus interesses.

"A impressão é que os chamados "vencedores" da Guerra Fria decidiram levar a situação ao limite, criar um mundo ao seu gosto e para seus interesses", disse durante o fórum de debates Valdai, em Sochi.

Putin comentou que o atual sistema de segurança global e regional está "debilitado, fracionado e deformado" e já não é uma garantia contra "abalos", segundo as agências locais.

O presidente russo ressaltou que o atual "mundo unipolar se tornou incômodo, inatingível e dificilmente controlável para o próprio autoproclamado líder".

"E não importa quem ocupe o lugar de "centro do mal" como principal rival na propaganda americana: o Irã, como país que aspira ter tecnologia nuclear; a China, como primeira economia do mundo; ou a Rússia, como potência nuclear", destacou.

O líder russo criticou "as tentativas de dividir o mundo, traçar linhas divisórias, formar coalizões", como na época da Guerra Fria e, com isso, "se dar o direito de ditar" sua política.

"Hoje, é evidente o empenho (dos EUA), em um mundo que já mudou, de reviver as antigas estratégias de domínio global. E tudo isso para obter dividendos políticos e econômicos", concluiu.

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