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Guerra entre Rússia e Ucrânia põe usina sob risco de acidente nuclear

Países se acusam mutuamente de atacar a planta de Zaporizhzhia com drones

A usina nuclear de Zaporizhzhia conta com seis reatores nucleares, todos atualmente desligados (ANDREY BORODULIN/Getty Images)

A usina nuclear de Zaporizhzhia conta com seis reatores nucleares, todos atualmente desligados (ANDREY BORODULIN/Getty Images)

Publicado em 16 de abril de 2024 às 06h46.

Na última segunda-feira, 15, a Rússia e a Ucrânia acusaram uma a outra de atacar a maior usina nuclear da Europa frente ao Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas. De acordo com Rafael Mariano Grossi, diretor geral da Agência Internacional de Energia Atômica, os ataques colocaram o mundo "perigosamente perto de um acidente nuclear".

Ainda segundo o diretor, a agência pôde confirmar três investidas à planta nuclear de Zaporizhzhia, na Ucrânia, desde o último dia 7. De acordo com Grossi, uma vez que as agressões foram controladas remotamente, é impossível saber de onde partiram.

"Esses ataques irresponsáveis devem cessar imediatamente", declarou ao Conselho de Segurança.

A cidade de Zaporizhzhia está situada em uma região controlada atualmente pela Rússia. A planta conta com seis reatores nucleares.

As investidas mais recentes não comprometeram a estrutura do local, que foi pensada para se sustentar até após ser atingida por um avião comercial, informa a Agência Internacional de Energia Atômica. Os reatores estão desligados há meses, mas a usina ainda usa energia e funcionários para operar algumas funções ligadas à segurança.

“Embora, felizmente, não tenham causado um incidente radiológico desta vez, aumentaram enormemente o risco na central de Zaporizhzhia, onde a segurança nuclear já está comprometida”, alerta Grossi. "Não podemos ficar de braços cruzados e esperar que um último peso incline a balança”.

Com informações da Associated Press.

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