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Guerra e alta do petróleo aumentam fortuna de magnatas dos EUA

Patrimônio líquido coletivo de americanos que atuam no setor de óelo e gás já chega a US$ 239 bilhões, 10% a mais desde que a Rússia invadiu a Ucrânia e EUA sancionaram exportações russa

Fortuna de magnatas do petróleo nos EUA aumenta com guerra e sanções (Getty Images/Getty Images)

Fortuna de magnatas do petróleo nos EUA aumenta com guerra e sanções (Getty Images/Getty Images)

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Bloomberg

Publicado em 20 de março de 2022 às 19h40.

Última atualização em 25 de março de 2022 às 11h37.

A disparada dos preços do petróleo está aumentando as fortunas dos magnatas do xisto e do gás dos EUA. Um deles chegou ao ranking dos 500 mais ricos do mundo pela primeira vez.

Juntos, os cidadãos americanos que atuam no setor de petróleo e gás e fazem parte do Índice de Bilionários da Bloomberg agora têm um patrimônio líquido coletivo de US$ 239 bilhões. O valor somado deu um salto de quase 10% desde que a Rússia invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro e à medida em que sanções dos EUA e Europa ameaçam as exportações russas.

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O preço do barril do tipo Brent disparou 32% desde o início da invasão e seguia acima de US$ 100 nesta sexta-feira. O movimento abalou diversos mercados — incluindo ações de companhias aéreas e de tecnologia —, mas tem sido uma bênção para empresas que ganham dinheiro com produção, venda ou transporte de combustíveis fósseis.

Harold Hamm, 76 anos, cofundador da gigante de xisto Continental Resources, avançou 28 posições no índice de riqueza da Bloomberg para a 93ª colocação e agora controla uma fortuna de US$ 18,6 bilhões. O patrimônio líquido de Richard Kinder atingiu US$ 8,5 bilhões, graças à participação dele na operadora de oleodutos, gasodutos e armazenamento de energia Kinder Morgan. A crescente demanda por gás natural liquefeito ajudou o fundador da Freeport LNG, Michael S. Smith, a estrear na lista dos 500 mais ricos.

Produção em alta

Mesmo antes da guerra na Ucrânia, o faturamento da indústria de petróleo e gás dos EUA aumentava rapidamente à medida que a demanda se recuperava do recuo sofrido por causa da pandemia. Companhias de capital fechado se destacam pela geração de lucros abundantes.

Períodos anteriores de expansão da indústria petrolífera em estados como Texas e Novo México foram embalados por empresas de capital aberto. Gigantes como Exxon Mobil e Chevron consolidaram ativos em uma corrida para produzir mais. Tudo mudou com a pandemia. As empresas listadas que antes se endividavam fartamente e a baixo custo foram pressionadas por acionistas cautelosos a retroceder. Enquanto isso, as companhias de capital fechado aproveitaram o momento para ampliar a produção.

“No lado privado, essas pressões dos sócios não são tão intensas”, disse Andrew Dittmar, diretor da firma de software e análise de energia Enverus. “Faz sentido econômico que as empresas de capital privado invistam no crescimento da produção.”

A tendência também ajudou a aumentar a fortunas de operadores privados. Jeffery Hildebrand, 63 anos, fundador e único proprietário da Hilcorp Energy, com sede em Lafayette, Louisiana, agora tem um patrimônio de mais de US$ 12 bilhões. O fundador da Endeavor Energy Resources, Autry Stephens, 84 anos, aproveitou seus vastos ativos na Bacia do Permiano para expandir seu patrimônio líquido, que atingiu US$ 5,2 bilhões.

 

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