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Guerra diz que rixa com DEM compromete vitória de Serra

São Paulo - O presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), alertou nesta segunda-feira que a rebelião do Democratas em torno do vice na chapa do candidato à Presidência da República, José Serra, compromete a vitória do tucano. "Eu temo que nós tenhamos, nesse episódio, atuado para comprometer a nossa vitória", disse Guerra em entrevista […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h36.

São Paulo - O presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), alertou nesta segunda-feira que a rebelião do Democratas em torno do vice na chapa do candidato à Presidência da República, José Serra, compromete a vitória do tucano.

"Eu temo que nós tenhamos, nesse episódio, atuado para comprometer a nossa vitória", disse Guerra em entrevista à rádio CBN.

"Na questão de um partido ter o apoio do outro, nós já votamos nos democratas e os democratas votam conosco há muitos anos. Não é esse o problema. O problema é de ter unidade, tranquilidade e uma noção construtiva da luta que nós enfrentamos", completou.

Guerra afirmou que PPS e PTB aprovaram o nome do senador Alvaro Dias (PR), indicado pelo PSDB para a vice de Serra, e que o DEM reivindicou o posto. O partido alega, no entanto, que não foi sequer consultado sobre o nome escolhido.

O dirigente disse que está aberto ao diálogo. "A gente está pronto para sentar e discutir."

O Democratas conta com um encontro provavelmente ainda nesta segunda-feira com o comando do PSDB, incluindo Serra, para tentar debelar a crise que se abateu na aliança.

Depois de uma forte reação entre sexta e domingo contrária ao nome de Alvaro Dias, os democratas iniciaram um recuo nesta segunda-feira. O líder da sigla no Senado, José Agripino Maia (RN), procurou abrir espaço e reduzir as exigências.

"Na relação entre o DEM e o PSDB não pode haver ultimatos nem fatos consumados", afirmou Agripino por meio de nota. Ele é um dos integrantes do DEM que haviam sido cotados para a vice, ao lado do deputado José Carlos Aleluia (BA), mais recentemente.

"A história de parcerias e reciprocidades entre os dois partidos recomenda a superação das divergências pelo diálogo e pela determinada busca do entendimento", acrescentou. 
 


Rodrigo Maia, presidente da legenda, usou termos similares em sua página no microblog Twitter. "Não há ultimato. Haverá um diálogo entre aliados", disse Maia, em uma postura radicalmente diferente das declarações da semana passada.

Além de reivindicar o posto, a direção do Democratas quer também solucionar impasses nos Estados. O partido, que ameaçou romper a aliança, quer resolver as disputas antes da convenção marcada para esta quarta-feira em Brasília.

No domingo, o partido fez reunião de emergência no Rio de Janeiro para discutir o assunto, quando reduziu a ansiedade e procurou acertar o encontro com a direção do PSDB.

A conversa deve incluir Guerra, Maia e possivelmente Serra, que estava em Santos, no litoral paulista, onde fez caminhada no centro da cidade e assistiu ao jogo entre Brasil e Chile pela Copa. O encontro deve contar ainda com o presidente do Conselho Político do DEM e prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab.

Fonte do Democratas comentou que o partido pode até recuar da intenção de exigir a vaga de vice de Serra. No entanto, "venderia caro" a decisão ao PSDB, cobrando apoio em Estados onde há dificuldades nas negociações entre os dois partidos, como Sergipe e Pará.

Se isso não ocorrer a mensagem que pode ser dada aos tucanos é de que o DEM não retirará o apoio formal a Serra para não diminuir o tempo de propaganda na TV da principal candidatura da oposição, mas deixaria de cobrar empenho de seus integrantes nos Estados durante a campanha.

Na semana passada, a candidata do PT, Dilma Rousseff, ultrapassou Serra na pesquisa CNI/Ibope, aumentando ainda mais a pressão sobre a candidatura oposicionista.


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