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Guerra: Cruz Vermelha alerta que hospitais em Gaza podem virar "necrotérios" por falta de energia

Segundo o diretor, a falta de eletricidade na região pode colocar em perigo recém-nascidos em incubadoras e idosos que precisam de oxigenação

Ministro de Energia: Gaza não receberá combustível, água ou eletricidade até que os reféns sejam libertados (Agence France-Presse/AFP Photo)

Ministro de Energia: Gaza não receberá combustível, água ou eletricidade até que os reféns sejam libertados (Agence France-Presse/AFP Photo)

Da Redação
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Redação Exame

Publicado em 12 de outubro de 2023 às 15h24.

Última atualização em 12 de outubro de 2023 às 15h27.

O Comitê Internacional da Cruz Vermelha alertou nesta quinta-feira, 12, que os hospitais de Gaza podem virar "necrotérios" devido a falta de energia que assola a região. Em nota a imprensa, o diretor regional do comitê afirma que sofrimento humano causado pela intensificação desse conflito é "repugnante".

Segundo o diretor, a falta de eletricidade na região pode colocar em perigo recém-nascidos em incubadoras e idosos que precisam de oxigenação. O órgão ainda disse que como parte das iniciativas nesse assunto, estão entrando em contato com o Hamas e autoridades israelenses como um intermediário neutro

O objetivo da Cruz Vermelha é realizar visitas humanitárias na região, facilitar a comunicação entre os reféns e suas famílias, além de realizar tratamentos aos feridos.

Ministro da Energia diz que Israel manterá cerco a Gaza até reféns serem libertados

Gaza não receberá combustível, água ou eletricidade até que os reféns sejam libertados, escreveu em sua conta no Twitter Israel Katz, ministro da Energia israelense, nesta quinta-feira, 12.

"Ajuda humanitária para Gaza? Nenhum interruptor elétrico será ligado, nenhum hidrante de água será aberto e nenhum caminhão de combustível entrará até que os reféns israelenses sejam devolvidos para suas casas. Humanitário por humanitário. E ninguém deve nos pregar moral", escreveu o ministro de Energia, Israel Katz, no X, antigo Twitter.

Uso massivo de ao menos 150 reféns como arma de intimidação

De acordo com o New York Times, o Hamas raptou cerca de 150 pessoas durante a invasão do sul de Israel no fim de semana, a maioria são civis. O grupo terrorista ameaçou executá-los um por um e gravar em vídeo os assassinatos cada vez que um ataque aéreo de Israel atingir Gaza, ou usá-las como escudos humanos em caso de ataque terrestre. 

As imagens horrorizaram a população israelense, principalmente as famílias dos sequestrados. Em um vídeo, uma jovem mãe, Shiri Bibas, aparece segurando os seus dois filhos – Ariel, de 4 anos, e Kfir, de 9 meses – enquanto militantes armados os cercam.

O jornal norte-americano também afirmou que o grupo terrorista divulgou outro vídeo, desta vez com um pai, chamado Noam Elyakim, que é baleado pelos militantes durante uma transmissão ao vivo. Em, seguida sua esposa e filhas, Dafna, de 15 anos, e Ella, 8, são raptadas.

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