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Guarulhos quer compensação ambiental de aéreas

Ministério Público instaurou 42 inquéritos civis contra empresas que operam no aeroporto de Cumbica para apurar danos causados pela emissão de poluentes

Estimativas indicam emissão anual de 14 milhões de toneladas de CO² pelas operações de pouso e decolagem em Cumbica. (.)

Estimativas indicam emissão anual de 14 milhões de toneladas de CO² pelas operações de pouso e decolagem em Cumbica. (.)

Vanessa Barbosa

Vanessa Barbosa

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h37.

São Paulo - O município de Guarulhos adotou uma posição linha dura para combater a poluição provocada pelas operações de voo e decolagem no Aeroporto Internacional de Cumbica. A pedido da prefeitura, o Ministério Público instaurou 42 inquéritos civis contra empresas aéreas solicitando a apuração dos danos causados pela emissão de poluentes na região.

Na ação, o MP exige que as empresas aéreas depositem recursos em um fundo criado especialmente para a recuperação de florestas e a preservação de áreas de proteção. Estima-se que 14,4 milhões de toneladas de CO², gás de efeito estufa, sejam lançadas no céu do município, anualmente, em operações de pouso e decolagem - só em 2009, foram mais de dois mil embarques e desembarques.

O fundo de compensação ambiental, segundo a prefeitura de Guarulhos, permitiria aumentar a área coberta por florestas na cidade, de 30% para 45% do território. Também ajudaria na remoção de famílias e favelas de Áreas de Proteção Permanente, e na recuperação de nascentes, córregos e matas ciliares.

"Nossa proposta é que seja estabelecida uma forma de compensação ambiental para equilibrar o impacto causado pelas aeronaves, e que ao mesmo tempo ajude o Poder Público local a amenizar a situação", afirmou o secretário do Meio Ambiente de Guarulhos, Alexandre Kise, em comunicado à imprensa.

 

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