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Guarda Nacional participará da busca por vítimas do incêndio na Califórnia

Cerca de 400 imóveis foram destruídos e 200 mil pessoas foram deslocadas

Incêndios: cerca de 100 policiais militares foram treinados para buscar e identificar restos humanos (Terray Sylvester/Reuters)

Incêndios: cerca de 100 policiais militares foram treinados para buscar e identificar restos humanos (Terray Sylvester/Reuters)

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Reuters

Publicado em 14 de novembro de 2018 às 16h07.

Paradise - Tropas da Guarda Nacional norte-americana devem chegar nesta quarta-feira à Califórnia para ajudar a buscar vítimas nas ruínas incineradas da cidade de Paradise, destruída pelo incêndio florestal mais letal da história do Estado.

O contingente da Guarda, cerca de 100 policiais militares treinados para buscar e identificar restos humanos, reforçará as equipes de resgate lideradas por médicos legistas, unidades de cães farejadores e antropólogos forenses que já vasculham o cenário fantasmagórico do incêndio que deixou ao menos 48 mortos.

A busca minuciosa e desoladora se concentra no pouco que restou de Paradise, cidade do condado de Butte situada cerca de 280 quilômetros ao norte de San Francisco, que foi tomada pelas chamas e praticamente destruída na quinta-feira.

O incêndio fatal, alimentado por arbustos espessos e desidratados pela seca e por ventos intensos, liderou uma temporada de incêndios florestais catastrófica na Califórnia que especialistas atribuem a períodos prolongados de seca que dizem ser sintomáticos da mudança climática global.

O desastre do condado de Butte coincidiu com uma série de incêndios no sul da Califórnia, sobretudo o Incêndio Woolsey, que matou duas pessoas, destruiu mais de 400 estruturas e deslocou cerca de 200 mil pessoas nas montanhas e sopés das colinas próximas do litoral de Malibu, situado a oeste de Los Angeles.

As origens dos incêndios Camp e Woolsey foram listadas como "sob investigação", mas duas prestadoras de serviço, Southern California Edison e Pacific Gas & Electric , relataram a agências reguladoras que tiveram problemas com linhas de energia ou subestações por volta do horário em que se relatou o início dos incêndios.

Na noite de terça-feira, graças a diminuição dos ventos e a elevação dos níveis de umidade, equipes de bombeiros conseguiram abrir linhas de contenção ao redor de mais de um terço dos dois incêndios, reduzindo a ameaça imediata a vidas e propriedades.

O secretário do Interior dos EUA, Ryan Zinke, e o governador da Califórnia, Jerry Brown, devem visitar às áreas nesta quarta-feira, depois que o presidente Donald Trump declarou as zonas áreas de desastre, acelerando a liberação de assistência federal.

Depois de vistoriar algumas das zonas de incêndios florestais anteriores da Califórnia em agosto, Zinke culpou a "má administração grave das florestas" por causa das restrições ao corte de madeira, que disse serem apoiadas por "grupos ambientalistas terroristas".

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