Mundo

Guaidó não tinha votos para vencer na Assembleia Nacional, diz Maduro

O presidente autoproclamado da Venezuela foi impedido pela polícia de entrar em sessão na assembleia que elegeu representante do governo como líder da casa

Nicolás Maduro: venezuelano acusou o rival de ser um "homem corrupto" e de ter roubado dinheiro de origem norte-americana (Carlos Becerra/Bloomberg)

Nicolás Maduro: venezuelano acusou o rival de ser um "homem corrupto" e de ter roubado dinheiro de origem norte-americana (Carlos Becerra/Bloomberg)

AB

Agência Brasil

Publicado em 6 de janeiro de 2020 às 15h15.

Em um comunicado oficial divulgado nesta segunda-feira (6) na página do governo venezuelano na internet, o presidente Nicolás Maduro disse que "o país repudia [o deputado e autoproclamado presidente da República] Juan Guaidó como fantoche do imperialismo norte-americano, um homem muito corrupto que sai da Assembleia Nacional multimilionário, que roubou os 400 milhões de dólares que o governo estadunidense lhe deu".

"Não procurem desculpas para justificar a derrota. Se o deputado fracassado Juan Guaidó não entrou no Parlamento é porque ele não queria enfrentar, porque não tinha votos para se reeleger", afirmou Maduro, referindo-se ao ocorrido na tarde deste domingo (5), no palácio legislativo.

Única instituição política controlada pela oposição na Venezuela, a Assembleia Nacional foi palco de grande confusão ontem. Houve gritaria e empurra-empurra dentro e fora do palácio, com membros da Guarda Nacional impedindo a entrada de vários congressistas, entre eles Guaidó, que tentou pular uma cerca, mas foi barrado por policiais com equipamento antimotim.

Por um lado, congressistas pró-governo elegeram Luis Parra presidente da Assembleia Nacional em uma sessão sem quórum, nem votação, e que sequer foi declarada aberta.

Fora do Congresso, no entanto, Guaidó foi reeleito para o cargo, em uma votação nominal e presencial, pelos votos de 100 deputados. Para conseguir a reeleição, eram necessários 84 votos.

Em discurso na televisão no fim da tarde de ontem, Maduro reconheceu Parra e pediu novas eleições para a Assembleia Nacional em 2020. "Aspiramos a recuperar a Assembleia Nacional com votos e vamos alcançá-la", disse o presidente.

Acompanhe tudo sobre:VenezuelaNicolás MaduroJuan Guaidó

Mais de Mundo

'Estamos à beira de um acordo de paz em Gaza', diz secretária das Relações Exteriores do Reino Unido

Protesto contra ofensiva de Israel em Gaza reúne entre 60 mil pessoas em Berlim

Venezuela realiza exercícios com a população para enfrentar terremotos e 'ameaça' dos EUA

Após ter visto revogado pelos EUA, Petro diz que 'não se importa' e que é 'livre no mundo'