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Guaidó chama de "intimidação" autorização de julgamento contra ele

Decreto aprovado pelo fórum chavista estabelece "autorizar a continuação do processo" contra Guaidó sem mencionar o termo imunidade

Juan Guaidó: autoproclamado presidente interino pede intervenção das Forças Armadas para evitar uma crise maior na Venezuela (Manaure Quintero/Reuters)

Juan Guaidó: autoproclamado presidente interino pede intervenção das Forças Armadas para evitar uma crise maior na Venezuela (Manaure Quintero/Reuters)

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EFE

Publicado em 3 de abril de 2019 às 06h08.

Caracas — O chefe do Parlamento e autoproclamado presidente da Venezuela, Juan Guaidó, disse nessa terça-feira, 2, que a autorização de um processo contra ele aprovado pela Assembleia Nacional Constituinte (ANC) é uma intimidação que não o deterá.

"Não vai ser a violência, a intimidação que nos impedirá", disse o líder opositor, uma hora após a ANC aprovar a continuidade do processo no Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) que pediu a retirada de sua imunidade parlamentar.

O decreto constitucional aprovado por unanimidade pelo fórum chavista estabelece "autorizar a continuação do processo" de Guaidó sem mencionar formalmente o termo imunidade que, de acordo com a atual Constituição, só pode ser levantado com a autorização do Parlamento.

O líder da oposição disse que o ANC, um órgão não reconhecido por muitos países, "não existe" e que seus argumentos são "ridículos", mas, acrescentou, isso não elimina a possibilidade de ser preso.

"Não é uma coisa pequena nem estou minimizando a atrocidade que eles estão fazendo. Não estou minimizando o risco de fazer política. O que está acontecendo na Venezuela é muito sério", sustentou.

Ele alertou o governo que aprisioná-lo terá consequências e um custo político dentro e fora da Venezuela porque, ele lembrou, ele é reconhecido como presidente interino por mais de 50 países. "Eles terão que responder a esses países do mundo ao dar um golpe de Estado", prosseguiu.

Guaidó pediu que as Forças Armadas tomem uma decisão em vista da situação. "Permitir isso (processá-lo ou prendê-lo) seria contra a República", disse aos militares. Além disso, informou que teve conversas com chanceleres de vários países que expressaram preocupação com a medida da ANC.

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