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Grupos muçulmanos condenam tomada de reféns em Sydney

Grupos muçulmanos da Austrália indicaram que inscrição "não representa um posicionamento político"

Polícia australiana cerca a rua do café onde os reféns se encontram retidos (Peter Parks/AFP)

Polícia australiana cerca a rua do café onde os reféns se encontram retidos (Peter Parks/AFP)

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Da Redação

Publicado em 15 de dezembro de 2014 às 08h45.

Sydney - Mais de 40 grupos muçulmanos australianos condenaram a tomada de reféns nesta segunda-feira em um café do centro de Sydney, onde foi exibida uma bandeira islâmica.

"Nós rejeitamos qualquer tentativa de tirar vidas inocentes de seres humanos ou de instilar medo e terror em seus corações", afirmam em um comunicado, que chama a tomada de reféns de "ato desprezível".

A bandeira preta exibida em uma janela do Café Lindt do centro de Sydney é utilizada habitualmente por grupos jihadistas e é possível ler, em árabe, a shahada (profissão de fé): "Não há nenhum outro Deus a não ser Alá, Maomé é seu mensageiro".

Os grupos muçulmanos indicaram que a inscrição "não representa um posicionamento político, e sim reafirma o testemunho da fé do qual se apropriaram de maneira indevida indivíduos desorientados que não representam ninguém, exceto a si mesmos".

"Este ato desprezível serve apenas para as agendas daqueles que buscam destruir a boa vontade do povo da Austrália e para prejudicar e ridiculizar a religião do islã e os muçulmanos australianos", completa a nota.

"Nossos pensamentos estão com os reféns e seus entes queridos".

Líderes religiosos pediram nesta segunda-feira aos fiéis que se unissem e orassem por uma solução pacífica para a tomada de reféns.

As autoridades calculam que há menos de 30 pessoas dentro do café, mantidas como reféns por um homem armado durante várias horas. Três homens e duas mulheres conseguiram sair correndo do local após seis horas de sequestro.

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