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Grupos dizem que ataque em Paris revela ameaça islâmica

Grupos anti-imigrantes na Alemanha aproveitaram o ataque em Paris para dizer que o acontecimento evidenciou a ameaça da violência islâmica


	Manifestante participa de protesto anti-Islã em Berlim, Alemanha
 (Odd Andersen/AFP)

Manifestante participa de protesto anti-Islã em Berlim, Alemanha (Odd Andersen/AFP)

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Da Redação

Publicado em 7 de janeiro de 2015 às 19h35.

Berlim - Grupos anti-imigrantes na Alemanha, como o Pegida e o partido Alternativa para a Alemanha (AfD), aproveitaram o ataque mortal desta quarta-feira em Paris para dizer que o acontecimento evidenciou a ameaça da violência islâmica.

Pelo menos 12 pessoas foram mortas quando homens armados invadiram a redação de uma revista satírica francesa conhecida por satirizar o Islamismo radical.

"Este banho de sangue comprova que estão errados aqueles que riram ou ignoraram os temores de tantas pessoas sobre o perigo iminente do islamismo", disse Alexander Gauland, líder regional do AfD. "Isso dá um novo poder para as demandas do Pegida." O movimento Pegida, ou Europeus Patrióticos contra a Islamização do Ocidente, reagiu fortemente ao ataque de Paris.

"Os islâmicos, contra quem o Pegida vem alertando ao longo das últimas 12 semanas, mostraram hoje na França que eles não são capazes de (praticar a) democracia, mas que veem a violência e a morte como solução", escreveu o movimento em sua página no Facebook.

"Nossos líderes políticos querem nos fazer acreditar que o contrário é verdadeiro?", acrescentou o grupo. "Será que primeiro uma tragédia como esta terá de acontecer na Alemanha?" Um importante aliado da chanceler alemã, Angela Merkel, criticou os comentários do partido eurocético AfD. "É sórdido instrumentalizar o ataque para fins políticos", disse o líder parlamentar Volker Kauder à revista online Focus.

Merkel e seu governo condenaram o movimento popular Pegida, que atraiu um público recorde de 18 mil pessoas à sua mais recente manifestação em Dresden na segunda-feira.

O Pegida tem atraído o apoio de alemães comuns e de extrema-direita alarmados com um aumento acentuado no número de refugiados no país, muitos dos quais estão fugindo de conflitos no Oriente Médio.

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