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Grupo terrorista ETA pretende entregar todas as armas, diz jornal

Centenas de pessoas devem participar da operação de desarmamento, que teria "um alcance inédito"

Funcionário apaga grafite em apoio ao grupo terrorista ETA em Guernica, Espanha, em 2011 (Vincent West/File Photo/Reuters)

Funcionário apaga grafite em apoio ao grupo terrorista ETA em Guernica, Espanha, em 2011 (Vincent West/File Photo/Reuters)

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EFE

Publicado em 17 de março de 2017 às 11h56.

Paris - A organização terrorista ETA, que defende a independência do País Basco, pretende lançar no dia 8 de abril uma iniciativa para entregar "o arsenal total" que o grupo ainda mantém, informou nesta sexta-feira o jornal francês "Le Monde".

"O ETA nos confiou a responsabilidade do desarmamento de seu arsenal e, na noite de 8 de abril, o ETA estará totalmente desarmado", disse ao jornal o dirigente do movimento ambientalista e social "Bizi!" Jean-Noël Etcheverry, "Txetx".

Etcheverry foi detido com outros quatro representantes do movimento ambientalista e social em 16 de dezembro na cidade basco-francesa de Louhossoa, junto a um depósito de armas do ETA, que, segundo eles, pretendiam inutilizar, mas não destruir.

De acordo com a publicação francesa, "centenas de pessoas da sociedade civil e vários funcionários públicos da região" participarão dessa operação de desarmamento, que teria "um alcance inédito".

No entanto, o "Le Monde" indicou que falta conseguir "o compromisso das autoridades francesas para que estas se responsabilizem pelas armas restituídas sob o olhar dos observadores internacionais".

Na opinião do jornal, essas condições para que aconteça a entrega de armas do ETA "ainda não aconteceram".

Em Louhossoa, foram encontradas duas granadas, 29 armas curtas, nove fuzis de assalto, 12 metralhadoras, mais de 3 mil munições, grande quantidade de explosivos, material para a fabricação dos mesmos, detonadores e temporizadores o que, segundo a organização terrorista, correspondia a 15% de seu arsenal.

O grupo terrorista ETA anunciou em 20 de outubro de 2011 o fim definitivo de suas ações violentas com as quais matou 850 pessoas nas últimas cinco décadas em seu objetivo de conseguir a independência do País Basco.

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