Polícia e equipes de resgate em local de atentado cometido durante uma manifestação na cidade de Lahore, no leste do Paquistão, em 13/02/2017 (Mohsin Raza/Reuters)
EFE
Publicado em 13 de fevereiro de 2017 às 15h15.
Islamabad - O grupo Jamaat-ul-Ahrar (JuA), cisão da principal formação talibã do Paquistão, o Tehrik-i-Taliban Pakistan (TTP), reivindicou a autoria do atentado suicida que nesta segunda-feira deixou dez mortos e 69 feridos na cidade de Lahore e ameaçou empreender mais ações contra os "infiéis".
"Em nome dos valentes filhos de Jamaat-ul-Ahrar houve um ataque suicida na cidade de Lahore, no qual muitos membros das forças de segurança (...) morreram e outros ficaram feridos", disse em comunicado o porta-voz do grupo insurgente, Assad Mansoor.
A fonte advertiu que a ação de hoje marca o início de sua nova operação, "Ghazi, o Combatente de infiéis", na qual atacarão os "infiéis paquistaneses".
A explosão ocorreu por volta das 18h (horário local; 11h em Brasília) perto da sede da Assembleia Legislativa da província do Punjab, enquanto acontecia uma manifestação contra da reforma da Lei de fármacos.
O TTP reivindicou a autoria de boa parte dos atentados mais sangrentos ocorridos Paquistão nos últimos dois anos.
Apesar de ser uma das zonas mais seguras do país, Lahore já foi palco de um ataque suicida similar em março de 2016, quando 72 pessoas morreram e 359 ficaram feridas em um atentado reivindicado também pelo JuA.
O Paquistão lançou em junho de 2014 uma operação militar nas zonas tribais que levou a uma redução significativa das ações insurgentes e que causou a morte de mais de 3.500 supostos terroristas, segundo dados do Exército.
Apesar disso, ataques esporádicos de grande gravidade continuam acontecendo em diferentes pontos do país.