Oficiais da força especial SEAL durante exercício em base militar da Virginia, EUA (Robert J. Fluegel/AFP)
Da Redação
Publicado em 4 de novembro de 2014 às 08h35.
Washington - O comando dos SEALs lamentou que integrantes da força de elite da Marinha dos Estados Unidos tenham a intenção de romper a tradição de sigilo da unidade, ao falar com a imprensa sobre temas como a operação que matou Osama Bin Laden.
"Um princípio fundamental de nossa conduta é: 'Eu não divulgo a natureza do meu trabalho, nem busco reconhecimento por minhas ações", afirma o contra-almirante Brian Losey, comandante das forças especiais da Marinha em uma nota à qual a AFP teve acesso.
A declaração de Losey foi divulgada no momento em que o canal Fox se prepara para exibir o depoimento de uma pessoa identificada como o integrante dos SEALs (sigla para Mar, Terra e Ar) que deu os tiros que mataram o líder da Al-Qaeda, Osama Bin Laden, em seu refúgio no Paquistão em 2011.
O rígido código de anonimato dos SEALs é um "compromisso e obrigação para toda a vida" e o descumprimento pode afetar as vidas de alguns companheiros que integraram os comandos e que se arriscaram ao seu lado, recorda Losey no texto.
O canal Fox ha anunciou que exibirá o programa em duas partes, nos dias 11 e 12 de novembro, e que incluirá "detalhes nunca divulgados antes" sobre a operação que matou Bin Laden.