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Grupo jihadista egípcio se alia ao Estado Islâmico

O grupo jihadista Ansar Beit al Maqdis (Seguidores da Casa de Jerusalém) anunciou sua adesão ao EI

Bandeira do Estado Islâmico em Rashad, na estrada entre Kirkuk e Tikrit (Jm Lopez/AFP)

Bandeira do Estado Islâmico em Rashad, na estrada entre Kirkuk e Tikrit (Jm Lopez/AFP)

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Da Redação

Publicado em 4 de novembro de 2014 às 06h59.

Cairo - O grupo jihadista Ansar Beit al Maqdis (Seguidores da Casa de Jerusalém) anunciou sua adesão ao Estado Islâmico (EI) e obediência ao dirigente Abu Bakr al- Baghdadi, que proclamou um califado na Síria e no Iraque em junho.

Em comunicado divulgado nas últimas horas em foros islamitas e nas redes sociais, Ansar Beit al Maqdis convidou todos os muçulmanos a seguirem seu exemplo e apoiarem a ideia do califado.

'Nós, após nos comprometermos a Deus, decidimos proclamar o emir dos crentes Abu Bakr al-Baghdadi califa de todos os muçulmanos no Iraque, na Síria e em todos os países muçulmanos', assinalou a nota.

O grupo ressaltou que o anúncio foi feito publicamente 'para que todo o mundo conheça sua postura e siga seu exemplo, e para que os muçulmanos ajudem o emir Abu Bakr al-Baghdadi'.

O grupo extremista pediu aos muçulmanos de todos os países árabes, incluídos os do Egito, que 'proclamem o emir dos crentes para que os muçulmanos se unam e enalteçam a palavra de Deus sobre toda a terra'.

Ansar Beit al Maqdis, responsável por vários atentados no Egito no último ano, se comprometeu a continuar 'a guerra santa contra as forças da apostasia e os judeus'.

'Esta batalha continuará até a vitória, até que os mártires dos extremistas sejam vingados e os países retornem a seus donos', acrescentou o texto.

Os jihadistas agradeceram 'a oportunidade' de estabelecer um estado islâmico, e apontaram que é algo que devem se aproveitar de forma ativa.

O grupo egípcio, baseado na Península do Sinai, emulou anteriormente o EI, decapitando a alguns de seus rivais, e parabenizando à formação de Baghdadi por suas conquistas.

Ansar Beit al Maqdis e outros grupos recrudesceram os ataques contra o exército e a polícia no Sinai e em outras zonas do Egito após a queda do presidente islamita Mohammed Mursi, em 3 de julho de 2013. 

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