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Grupo desconhecido reivindica atentado em Atenas

Eles convocam para a "ação direta" e armada, denunciando um Estado repressivo, e afirmam solidariedade aos principais grupos gregos classificados como terrorista


	Prédio do parlamento grego, em Atenas: as autoridades da Grécia, que passa por uma profunda crise social e econômica, temem a radicalização da violência extremista.
 (Angelos Tzortzinis/AFP)

Prédio do parlamento grego, em Atenas: as autoridades da Grécia, que passa por uma profunda crise social e econômica, temem a radicalização da violência extremista. (Angelos Tzortzinis/AFP)

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Da Redação

Publicado em 24 de janeiro de 2013 às 15h41.

Atenas - Um grupo desconhecido reivindicou nesta quinta-feira a autoria do ataque a bomba em um centro comercial de Atenas que deixou dois feridos no domingo.

Assinado pela "Colaboração das Organizações Anarquistas", a reivindicação, de nove páginas, foi publicada em um site alternativo, o Indymedia, que recebeu nos últimos anos vários textos do tipo.

A polícia leva a sério esta reivindicação, indicou uma fonte policial.

"Somos anarquistas, anti-Estado e inimigos da democracia (...) condenamos há muito tempo o sistema político à destruição", proclamam os signatários, que justificam a escolha do alvo enquanto símbolo de "um capitalismo mortal".

Eles convocam para a "ação direta" e armada, denunciando um Estado repressivo, e afirmam solidariedade aos principais grupos gregos classificados como terroristas por Bruxelas e Washington.

Dois guardas ficaram levemente feridos na manhã de domingo na explosão de uma bomba na entrada do "Mall" de Atenas, templo do consumo localizado na próspera periferia de Marussi.

No momento do atentado, o prédio acabava de ser evacuado pela polícia, alertada por telefonemas à imprensa.

Este atentando ocorreu uma semana depois do tiroteio na sede do partido conservador no poder, Nova Democracia, e de uma série de outros pequenos ataques contra jornalistas e autoridades. Estes atos de violência parecem ter relação com recentes operações policiais para desalojar edifícios públicos ocupados que provocaram várias tensões com o Syriza, o principal partido opositor de esquerda.

As autoridades da Grécia, que passa por uma profunda crise social e econômica, temem a radicalização da violência extremista.

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