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Grupo de Lima: chanceler colombiano pede eleições na Venezuela

"Com apoio do Grupo de Lima e de alguns países, fizemos um esforço grande para proporcionar a operação de um canal humanitário", disse o chanceler

Soldados venezuelanos na fronteira com o Brasil, em Roraima: escalada de conflitos nas fronteiras da Venezuela deve aumentar pressão do Grupo de Lima contra o governo de Maduro (Luisa Gonzalez/Reuters)

Soldados venezuelanos na fronteira com o Brasil, em Roraima: escalada de conflitos nas fronteiras da Venezuela deve aumentar pressão do Grupo de Lima contra o governo de Maduro (Luisa Gonzalez/Reuters)

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EFE

Publicado em 25 de fevereiro de 2019 às 13h07.

Última atualização em 25 de fevereiro de 2019 às 13h19.

Bogotá - O ministro das Relações Exteriores da Colômbia, Carlos Holmes Trujillo, abriu nesta segunda-feira em Bogotá a reunião do Grupo de Lima que abordará a crise na Venezuela.

A cúpula, que acontece no Palácio de San Carlos, sede do ministério, foi anunciada em 14 de fevereiro durante a visita que o presidente da Colômbia, Iván Duque, fez a Washington para se reunir com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Trujillo ressaltou que o Grupo de Lima reafirmou "várias vezes" o seu "compromisso com a transição democrática e o restabelecimento da ordem constitucional na Venezuela".

O chanceler colombiano acrescentou que milhões de venezuelanos abandonaram sua pátria e foram recebidos com solidariedade pelos países da região, apesar das "capacidades e recursos limitados" que considera que os mesmos têm para fazê-lo.

"Com apoio do Grupo de Lima e de alguns países, fizemos um esforço grande para proporcionar a operação de um canal humanitário para oferecer assistência internacional básica e alívio, embora seja parcialmente grave a situação humanitária que afeta tantos venezuelanos", indicou Trujillo.

O ministro colombiano se referiu assim à tentativa deste sábado de levar a ajuda humanitária doada por uma coalizão internacional e armazenada na cidade colombiana de Cúcuta, mas que foi bloqueada pelas autoridades venezuelanas.

Para Trujillo, houve uma "resposta do regime ilegítimo de Maduro" quando "as forças do regime, entre elas grupos irregulares, impediram o acesso da assistência oferecida".

O chanceler colombiano insistiu que os integrantes do Grupo de Lima reafirmaram "várias vezes" seu "compromisso com a transição democrática e com o restabelecimento da ordem constitucional na Venezuela" e ressaltou que seu objetivo é "construir um cerco político e diplomático".

Trujillo também considerou que na Venezuela "há uma ditadura que impôs" sobre os venezuelanos "a prática de uma governança fracassada", e que entre as suas consequências "mais nefastas" está o êxodo de venezuelanos.

Além disso, o ministro colombiano reafirmou a vontade do grupo com a transição democrática e o restabelecimento da ordem constitucional na Venezuela.

"Unimos nossa reivindicação a dos venezuelanos para a organização de eleições justas, transparentes e críveis: verdadeiramente democráticas", afirmou o chanceler colombiano.

Trujillo também comentou que têm pela frente "a responsabilidade de redobrar" o apoio aos venezuelanos que "nunca antes" tinham avançado "tanto para a recuperação da democracia".

Por isso, o chanceler considerou "cada vez mais decisivo" o papel da comunidade internacional para "interromper o futuro da ditadura de Maduro e da cleptocracia em que se transformou o seu regime".

"Temos que fazê-lo não só pelos venezuelanos, mas pela paz e a estabilidade da região", acrescentou Trujillo, para quem "o que está destruindo a Venezuela ajuda a destruir todos" os países da região.

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