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Grupo de exilados nos EUA defende "intervenção internacional" na Venezuela

No chamado "Congresso da Resistência Cubana, Venezuelana e Nicaraguense", organizações de exilados defenderam a liberdade

Venezuela: manifestante pede liberdade ao regime de Nicolás Maduro (Bruno Kelly/Reuters)

Venezuela: manifestante pede liberdade ao regime de Nicolás Maduro (Bruno Kelly/Reuters)

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EFE

Publicado em 24 de fevereiro de 2019 às 17h53.

Miami — Um grupo de organizações do exílio cubano, venezuelano e nicaraguense nos Estados Unidos defendeu neste domingo a opção de uma intervenção militar de caráter internacional na Venezuela para que a ajuda humanitária possa entrar no país caribenho.

No chamado "Congresso da Resistência Cubana, Venezuelana e Nicaraguense", realizado na sede da Prefeitura de Miami, organizações de exilados defenderam a liberdade dos três países, assim como o processo "criminal a Raul Castro", que em grande parte é responsável pela situação na Venezuela.

"O consenso desta assembleia, com estes três blocos poderosos, é que deve haver uma intervenção militar internacional solidária contra a ocupação da Venezuela por parte do Castro-comunismo", disse em declarações aos jornalistas o diretor da Assembleia da Resistência Cubana, Orlando Gutiérrez, organizador do evento.

A Venezuela está "ocupada" por Nicolás Maduro, que é um "títere dos Castro", acrescentou Gutiérrez, que vê como algo "meritório", de acordo com as normas do Direito Internacional, uma "uma ação militar interamericana" em apoio à presidência de Juan Guaidó, líder da oposição.

O presidente da Confederação de Trabalhadores da Venezuela (CTV), Carlos Ortega, também defendeu em seu discurso uma intervenção militar para tirar Maduro da Presidência, especialmente após os fatos de sábado na fronteira com a Colômbia.

"Mais do que nunca requeremos uma intervenção militar que ponha fim à crise que tanto agonia o povo venezuelano", disse o líder sindical, que ressaltou que todos os dias na Venezuela são movimentadas entre 35 e 40 toneladas de drogas, o que é um claro exemplo de que o narcotráfico tomou conta do país.

Por sua vez, o prefeito de Miami, Francis Suárez, também presente no congresso, reiterou seu apoio a "todas as expressões contra os regimes de Cuba, Venezuela e Nicarágua", países que em breve a comunidade internacional verá "livres das ditaduras que os oprimem".

Já o dissidente cubano Jorge Luis García Pérez "Antúnez" afirmou que a ditadura em Cuba "precisa ser derrubada, e a estamos derrubando", depois de ressaltar que "o regime cubano está assustado", porque sabe que "a liberdade de Cuba está ligada com a da Venezuela".

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