Juan Guaidó e Nicolás Maduro: líder da oposição e do governo disputam o poder de uma Venezuela em crise, representando a polarização do país (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)
Agência Brasil
Publicado em 7 de fevereiro de 2019 às 07h16.
Última atualização em 7 de fevereiro de 2019 às 07h18.
A crise na Venezuela é tema de reunião hoje (7) de representantes de 13 países e organizações internacionais em Montevidéu (Uruguai), convocados pelo México e Uruguai. O objetivo é definir a base para um diálogo entre todas as forças políticas da Venezuela.
A reunião extraordinária do Grupo de Contato Internacional, em nível ministerial, é coordenada pela União Europeia (UE).
Participarão representantes da UE, França, Alemanha, Itália, Holanda, de Portugal, da Espanha, Suécia, do Reino Unido, da Bolívia, Costa Rica, do Equador, México e Uruguai, segundo informações da Presidência uruguaia. Também são esperados delegados da Comunidade do Caribe, composta por 15 Estados-membros e cinco associados.
México e Uruguai defendem o diálogo com o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, enquanto Brasil, a maioria dos integrantes do Grupo de Lima, várias nações da Europa e os Estados Unidos reconhecem como legítimo o interino Juan Guaidó.
Ontem (6), o presidente do Uruguai, Tabaré Vásquez, e o chanceler uruguaio, Rodolfo Nin Novoa, reuniram-se com o ministro das Relações Exteriores do México, Marcelo Ebrard. Ele afirmam que o caminho para o fim do impasse é o diálogo entre Maduro e a oposição.
"Este esforço responde ao apelo do secretário-geral da ONU [Organização das Nações Unidas], António Guterres, para apostar no diálogo diante daqueles que negam que tal possibilidade existe", informou em comunicado do Ministério das Relações Exteriores do Uruguai.
Nessa quarta-feira, o chanceler brasileiro, Ernesto Araújo, em viagem aos Estados Unidos, disse não reconhecer a reunião que ocorrerá em Montevidéu.
*Com informações da Notimex, agência pública de notícias do México