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Grupo de 79 alunos sequestrado no noroeste de Camarões é libertado

Segundo meios de comunicação locais, o diretor do centro educativo e pelo menos um professor continuam reféns

Membros das forças de segurança de Camarões na região sudoeste do país (Blaise Eyong/Reuters)

Membros das forças de segurança de Camarões na região sudoeste do país (Blaise Eyong/Reuters)

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EFE

Publicado em 7 de novembro de 2018 às 08h49.

Última atualização em 7 de novembro de 2018 às 12h00.

Yaoundé - Os 79 estudantes sequestrados na segunda-feira em uma escola de ensino médio presbiteriana em Nkwen, cidade da região noroeste de Camarões, foram libertados, segundo confirmaram nesta quarta-feira à Agência Efe fontes do Ministério de Comunicação.

No entanto, o diretor do centro educativo e pelo menos um professor continuam sendo mantidos como reféns, de acordo com meios de comunicação locais.

Todos os alunos têm entre 10 e 14 anos de idade e se desconhece até o momento sob quais condições as autoridades conseguiram a libertação.

Trata-se da primeira vez que acontece um sequestro em massa em Camarões, ato que lembra o ocorrido na vizinha Nigéria em 2014, quando um grupo jihadista Boko Haram raptou mais de 200 meninas de um colégio em Chibok, o que suscitou indignação a nível global.

Em um vídeo de cerca de 5 minutos ao qual a Agência Efe teve acesso, 11 das crianças foram obrigadas a se identificar e indicam que foram sequestrados pelo "Amba Boys", os separatistas anglófonos que reivindicam a criação do Estado independente de Ambazônia.

Líderes destes grupos separatistas - que operam nas regiões anglófonas do Noroeste e Sudoeste do país - negaram horas depois em comunicado serem os responsáveis.

A denominada crise anglófona, que começou em 2016 com protestos pacíficos por um uso mais igualitário do inglês em tribunais e centros educativos, degenerou em grupos armados no final de 2017 após uma dura repressão do Governo.

Desde a escalada do conflito, centenas de pessoas morreram e pelo menos 7 mil estudantes foram deslocadas como consequência dos ataques violentos e enfrentamentos entre as Forças Armadas e as milícias separatistas.

A libertação destes estudantes foi divulgada um dia depois que o presidente Paul Biya, de 85 anos e 36 no poder, tomou posse no Parlamento de Yaoundé para um sétimo mandato.

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