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Grupo cristão filipino anuncia luta armada contra EI

O grupo, que se chama os "Defensores Vermelhos de Deus", explicou que seu principal objetivo é proteger suas terras, suas famílias e a cidade


	Defensores vermelhos: "Sempre estão nos atacando, inclusive quando a única coisa que fazemos é trabalhar em nossas fazendas"
 (Reuters)

Defensores vermelhos: "Sempre estão nos atacando, inclusive quando a única coisa que fazemos é trabalhar em nossas fazendas" (Reuters)

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Da Redação

Publicado em 20 de janeiro de 2016 às 10h07.

Manila - Um grupo insurgente cristão do sul das Filipinas, formado por cerca de 300 homens, anunciou uma luta armada contra as formações islamitas da região que recentemente se declararam seguidores do grupo terrorista Estado Islâmico (EI), informam nesta quarta-feira os meios de comunicação locais.

O grupo, que se chama os "Defensores Vermelhos de Deus" (Red God Defenders), explicou aos meios de comunicação que seu principal objetivo é proteger suas terras, suas famílias e a cidade dos ataques dos rebeldes islamitas, e queimou uma bandeira do EI perante um grupo de jornalistas, apontou o portal de informação "Rappler".

"Sempre estão nos atacando, inclusive quando a única coisa que fazemos é trabalhar em nossas fazendas", disse aos meios de comunicação o porta-voz da nova formação, Brother Asiong.

"Nos vimos forçados a pegar em armas. Não queremos morrer à toa", acrescentou Asiong.

Segundo os Defensores Vermelhos de Deus, o principal grupo contra o que luta é o dos Lutadores pela Liberdade Islâmica do Bangsamoro (BIFF, por sua sigla em inglês), que realizou vários atentados nas localidades meridionais de Maguindanao e Sultan Kudarat em dezembro, nos quais morreram 11 pessoas.

Asiong garantiu, além disso, que desde a década dos 70, umas 60 pessoas de suas comunidades faleceram em ataques dos grupos islamitas.

Segundo as autoridades, os membros desta nova formação provêm do grupo indígena "Ilaga", uma temida comunidade de granjeiros cristãos.

Vários grupos radicais islâmicos permanecem ativos no sul das Filipinas, onde mais de quatro décadas de conflito separatista deixou entre 100 mil e 150 mil vítimas, paralisou o desenvolvimento de uma região rica em recursos naturais e empobreceu a população.

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