Mundo

Grupo anarquista reivindica ataques contra metrô do Chile

O grupo sustentou que suas ações não estão dirigidas ao povo, mas sim às "estruturas do poder"


	Policiais vigiam uma estação do metrô de Santiago: o último ataque deixou 14 feridos
 (Martín Bernetti/AFP)

Policiais vigiam uma estação do metrô de Santiago: o último ataque deixou 14 feridos (Martín Bernetti/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 19 de setembro de 2014 às 07h38.

Santiago - Um grupo anarquista reivindicou nesta quinta-feira os ataques com explosivos contra o metrô de Santiago, assegurando que suas ações não estão dirigidas ao povo, mas sim às "estruturas do poder".

A chamada "Conspiração das células do fogo" (CCF) informou em um comunicado que os dois ataques foram realizados por elementos deste grupo contra duas estações do metrô.

O último ataque, na terça-feira passada, deixou 14 feridos na praça de alimentação da estação de metrô Escola Militar, no exclusivo bairro de Las Condes, no leste de Santiago.

A primeira ação, em julho, atingiu um vagão do metrô e não deixou feridos.

Os ataques visavam as "estruturas do poder em seu terreno, Las Condes". "A normalidade com que funciona a cidade foi o objetivo e seguirá sendo".

"Por isto mesmo, no dia 8 de setembro decidimos atacar a Escola Militar. Um shopping da burguesia situado em Las Condes, onde empresários fazem das suas para vender mercadorias que prendem as pessoas na estupidez da exibição e da aparência".

O grupo anarquista destaca que não tinha a intenção de ferir o povo e que telefonou para os serviços de emergência dez minutos antes da explosão, esperando que a polícia evacuasse o local.

"É preciso deixar claro que nosso objetivo não eram os consumidores ou funcionários, mas sim as estruturas, propriedades e os esbirros do poder".

Dois homens e uma mulher foram detidos na madrugada desta quinta como suspeitos de envolvimento nos ataques contra o metrô.

Os três suspeitos foram levados para uma delegacia de Ñuñoa, ao leste de Santiago, segundo a Unidade de Comunicação da Polícia.

A operação ocorreu no município de La Pintana, em meio ao início das comemorações do feriado da pátria no Chile, segundo a rádio Cooperativa.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaAtaques terroristasChileSantiago (Chile)Terrorismo

Mais de Mundo

Yamandú Orsi, da coalizão de esquerda, vence eleições no Uruguai, segundo projeções

Mercosul precisa de "injeção de dinamismo", diz opositor Orsi após votar no Uruguai

Governista Álvaro Delgado diz querer unidade nacional no Uruguai: "Presidente de todos"

Equipe de Trump já quer começar a trabalhar em 'acordo' sobre a Ucrânia