Mundo

Grupo analisa impactos da pobreza na democracia latina

Previsão é que a América Latina tenha uma democracia mais consolidada, mais caótica em suas formas de expressão e mais assediada por demandas sociais


	Previsão é que a América Latina tenha uma democracia mais consolidada, mais caótica em suas formas de expressão e mais assediada por demandas sociais
 (Getty Images)

Previsão é que a América Latina tenha uma democracia mais consolidada, mais caótica em suas formas de expressão e mais assediada por demandas sociais (Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 5 de maio de 2015 às 11h26.

Madri - Diversas personalidades latino-americanas analisaram nesta terça-feira o impacto da pobreza na qualidade democrática dos países da região, em um ato realizado na Casa da América, em Madri.

"O nosso problema é a pobreza", disse o ministro das Relações Exteriores do Paraguai, Eladio Loizaga, em relação à situação global da América Latina.

Por sua vez, o embaixador do Peru na Espanha, Rafael Roncagliolo, ressaltou que a democracia na região "tem problemas sérios" quanto às "condições de vida da população".

O diplomata assegurou, no entanto, que a América Latina avançou nos consensos da globalização de "livre mercado, democracia e direitos humanos" e que atualmente projeta uma imagem melhorada sem "governos militares".

Para o primeiro secretário-geral ibero-americano, Enrique V.Iglesias, é momento de olhar para a região latino-americana como "uma potência importante com um enorme mercado" que procura "dinamizar a economia em nível regional" através de políticas "inteligentes pragmáticas".

"Foram feitos muitos avanços na América Latina" e seu crescimento se deve principalmente "ao grande impulso chinês" e a um melhor "manejo da macroeconomia", explicou Iglesias.

Para seguir crescendo dentro da conjuntura internacional, Iglesias propôs um "período de maior frugalidade nos orçamentos" assim como "enfrentar reformas" em matéria educativa e produtiva e "investir em tecnologia e infraestruturas". Reformas que, desde seu ponto de vista, trarão tensões sociais.

A previsão é que "na América Latina haverá uma democracia mais consolidada, mais caótica em suas formas de expressão e mais assediada por demandas sociais", expressou a respeito o espanhol Pablo Gómez Olea, diretor-geral para região ibero-americana do Ministerio das Relações Exteriores.

Durante o ato, vários oradores abordaram a ascensão das classes média como fruto do êxito das políticas contra a pobreza e mostraram sua intenção de que não exista um retrocesso social neste sentido.

Ambos concordaram, além disso, na ideia de gerar novas fórmulas de cooperação com o marco europeu e de potencializar a América Latina como um parceiro ativo relevante que contribua para solucionar problemas globais. EFE

Acompanhe tudo sobre:América LatinaDemocraciaPolítica

Mais de Mundo

Votação antecipada para eleições presidenciais nos EUA começa em três estados do país

ONU repreende 'objetos inofensivos' sendo usados como explosivos após ataque no Líbano

EUA diz que guerra entre Israel e Hezbollah ainda pode ser evitada

Kamala Harris diz que tem arma de fogo e que quem invadir sua casa será baleado