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Grillo lista condições para apoiar um governo na Itália

Em um blog, postado em seu site, Grillo disse que seu partido não iria dar um voto de confiança para qualquer tipo de apoio do governo


	O humorista do partido antipolítico italiano Beppe Grillo
 (Giorgio Brida/ Wikimedia Commons)

O humorista do partido antipolítico italiano Beppe Grillo (Giorgio Brida/ Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 2 de março de 2013 às 10h39.

Roma - O Movimento 5 Estrelas, que se tornou o maior partido político na Itália, após uma eleição sem um vencedor claro, pode apoiar a formação de um governo se houver uma mudança na lei eleitoral, se os gastos com políticos forem reduzidos e se for estabelecido um limite de dois mandatos para os deputados, disse o líder em uma revista.

As diversas partes estão travando disputas sobre a formação de um governo, já que nem o Movimento 5 Estrelas (M5S, sigla em italiano) nem a coalizão de centro-esquerda do Partido Democrático (PD) de Pier Luigi Bersani, nem a coalizão de centro-direita, de Silvio Berlusconi (PDL), obteve o controle total do Parlamento.

"Se o PD de Bersani e PDL de Berlusconi sugerem uma mudança imediata na lei eleitoral, o cancelamento de reembolso de despesas eleitorais e um máximo de dois mandatos para os membros, então é claro que eu iria apoiar um governo imediatamente", disse o comediante Beppe Grillo à revista alemã Focus, em entrevista publicada neste sábado.

"Mas eles não vão. Eles estão apenas blefando para ganhar tempo", disse Grillo.

Em um blog, postado em seu site, Grillo disse que seu partido não iria dar um voto de confiança para qualquer tipo de apoio do governo, mas apenas consideraria apoiar leis individuais.

A maioria dos parlamentares deve apoiar moções de confiança --que são realizadas regularmente no Parlamento italiano, como forma de acelerar a tramitação de leis-- com o objetivo de manter um governo.

Em declaração no sábado, o presidente italiano, Giorgio Napolitano, pediu aos partidos que sejam realistas. "Todos nós temos a obrigação de salvaguardar o interesse público e a imagem internacional do país", disse ele.

Napolitano, cujo mandato termina em maio e cujo sucessor deve ser nomeado pelo Parlamento, descartou a possibilidade de voltar às urnas.

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