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Griesa rejeita pedido da Argentina de suspensão da dívida

Medida obriga país a pagar os fundos especulativos para que possa cumprir os compromissos com o resto dos credores de dívida


	Ministro da Economia da Argentina, Axel Kicillof: país depositou o equivalente a US$ 832 milhões
 (Mandel Ngan/AFP)

Ministro da Economia da Argentina, Axel Kicillof: país depositou o equivalente a US$ 832 milhões (Mandel Ngan/AFP)

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Da Redação

Publicado em 26 de junho de 2014 às 15h26.

Nova York - O juiz federal americano Thomas Griesa rejeitou nesta quinta-feira a solicitação da Argentina de suspender a medida que obriga o país a pagar os fundos especulativos para que possa cumprir os compromissos com o resto dos credores de dívida.

"Essa solicitação não é apropriada", afirmou o juiz na decisão, em que assinala que a ordem de pagamento aos fundos especulativos 'não entra em vigor' a menos que a Argentina pague os detentores de bônus reestruturados.

Griesa acrescentou que o tribunal 'não tem controle sobre se a República (Argentina) faz esses pagamentos'.

Nesta manhã, o governo argentino anunciou que depositou os recursos para pagar os credores que aceitaram a reestruturação da dívida, cumprindo os compromissos assumidos.

O ministro da Economia, Axel Kicillof, explicou em Buenos Aires que a Argentina depositou o equivalente a US$ 832 milhões e criticou 'a parcialidade do juiz em favor dos fundos abutres'.

O documento de Griesa, que tem apenas três parágrafos, lembra a ordem do tribunal da interpretação que os tribunais americanos fizeram da cláusula 'pari passu', segundo a qual todos os devedores (tenham aceitado ou não a reestruturação) devem ser tratados de forma equitativa.

O magistrado lembrou que nomeou uma autoridade especial, o advogado especialista em litígios financeiros Daniel Pollack, para intermediar as negociações entre Argentina e os chamados 'fundos abutre' que possuem dívida não reestruturada e reivindicam o pagamento integral.

"O tribunal entende que essas negociações incluirão o manejo de futuros pagamentos aos detentores de bônus reestruturados", concluiu Griesa.

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