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Grevistas de minas sul-africanas assinarão acordo

O sindicato dos trabalhadores e o patronal assinaram um acordo de aumento salarial


	Grevista segura um cartaz em protesto em uma mina em Carletonville: o aumento oscila entre 11% e 20,8%
 (Alexander Joe/AFP)

Grevista segura um cartaz em protesto em uma mina em Carletonville: o aumento oscila entre 11% e 20,8% (Alexander Joe/AFP)

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Da Redação

Publicado em 25 de outubro de 2012 às 12h06.

Johannesburgo - O sindicato dos mineradores e a patronal assinaram nesta quinta-feira um acordo de aumento de salários que coloca fim a sete semanas de um conflito social, por vezes violento, que afetou a maioria das minas de ouro da África do Sul.

"Os membros aceitaram uma nova estrutura de salários", indicou a União Nacional de Mineradores (UNM).

"O pior para o setor do ouro já passou", indicou à AFP o porta-voz da UNM, Lesiba Seshoka.

Em um comunicado separado, a Câmara de Minas (patronal) confirmou a assinatura do acordo que eleva o salário dos mineiros, seja mediante bônus ou promoções de categoria.

"Todos estes ajustes se somam aos aumentos de salários que entraram em vigor no dia 1º de julho de 2012 e que vão de 8,5% a 11%", segundo a Câmara de Minas.

"O novo modelo entra em vigor imediatamente", ressaltou, por sua vez, a UNM.

Segundo seus cálculos, o aumento salarial acumulado percebido neste ano pelos trabalhadores de minas de ouro da África do Sul oscila entre 11% e 20,8%.

A África do Sul enfrenta desde o início de agosto uma onda de greves ilegais que começaram de forma sangrenta na mina de platina de Marikana (norte), por iniciativa de mineiros em conflito com o UNM, considerado muito fraco.

Esta onda de greves teria custado à indústria cerca de 1,2 bilhão de dólares, indicou nesta quinta-feira a patronal, um número que pode duplicar se forem incluídas as perdas pelo conjunto da economia sul-africana.

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