Honduras: durante a vigência do decreto, é proibida a "livre circulação" de pessoas "em todo ou parte do território nacional" (Jorge Cabrera/Reuters)
EFE
Publicado em 5 de dezembro de 2017 às 06h49.
Tegucigalpa - O estado de exceção decretado na última sexta-feira pelo governo de Honduras e que começa a partir das 18h (hora local) iniciou, na segunda-feira, duas horas depois por conta da greve de "armas caídas" de agentes especiais da Polícia Nacional.
"Como resultado desses problemas, tivemos comunicação do alto comando e que o toque de recolher vai correr mais duas horas", disse o porta-voz da polícia de Honduras, Jair Meza.
O estado de exceção que vive o país entrou em vigor na sexta-feira, e vai das 18h às 6h (hora local), mas foi modificado para começar às 20h às 5h (hora local) pelos próximos seis dias, afirmou.
Durante a vigência do decreto, é proibida a "livre circulação" de pessoas "em todo ou parte do território nacional", embora exclua os membros e todo pessoal do Tribunal Supremo Eleitoral, os representantes dos partidos políticos, observadores e jornalistas credenciados pelo órgão eleitoral.
O estado de exceção não se aplica para todo departamento das Ilhas da Baía, Tela, Trujillo e Ruínas de Copán, quatro importantes destinos turísticos no Caribe e oeste do país, de acordo com as autoridades.
A medida foi decretada para frear a violência desencadeada nas ruas por simpatizantes da Aliança de Oposição contra a Ditadura por uma suposta fraude nas eleições realizadas no dia 26 de novembro ao seu candidato, Salvador Nasralla, já antecipou afirmando que não aceitará os resultados das votações.
De acordo com a apuração oficial do Tribunal Supremo Eleitoral, o presidente hondurenho e candidato à reeleição, Juan Orlando Hernández, ganhou as eleições com 42,98% dos votos contra 41,39% de Nasralla, com base em 99,89% das atas eleitorais processadas.