Aeroporto grego: paralisação ocorre em protesto contra demissões previstas e reformas nos planos de pensão propostas pela UE e pelo FMI (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 27 de novembro de 2014 às 07h52.
Atenas - Sindicatos gregos promoviam uma greve de 24 horas nesta quinta-feira no país, que provocou o cancelamento de centenas de voos, fechou escritórios públicos, além de afetar o transporte local, numa mobilização para protestar contra o plano de austeridade do país.
O sindicato do setor privado GSEE e seu equivalente para o setor público Adedy convocaram uma paralisação em protesto contra demissões previstas e reformas nos planos de pensão propostas pela União Europeia e pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) que socorreram a Grécia na crise financeira duas vezes.
Todos os voos domésticos e internacionais foram cancelados depois que os controladores aderiram à greve. Trens e barcos também suspenderam os serviços. Hospitais funcionavam em esquema de emergência, enquanto outras repartições públicas permaneciam fechadas.
"O GSEE está resistindo à obsessão dogmática do governo e da troika (Comissão Europeia, BCE e FMI) com políticas de austeridade e aumento de impostos", disse o sindicato em comunicado nesta semana.
O sindicato acusa o governo de tentar fazer retroceder o mercado de trabalho a "tempos medievais" e de implementar políticas que estão causando uma "crise humanitária".
Milhares de gregos se preparavam para marchar rumo ao Parlamento ainda nesta quinta-feira como parte dos protestos programados para marcar a greve.