Mundo

Greve geral da oposição registra adesão parcial em Caracas

A "greve cívica" é parte de uma nova fase de pressão contra o governo Maduro, ativada após o plebiscito não oficial de domingo

Greve: a paralisação em estabelecimentos comerciais e escritórios é maior na zona leste da cidade do que no oeste (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)

Greve: a paralisação em estabelecimentos comerciais e escritórios é maior na zona leste da cidade do que no oeste (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)

E

EFE

Publicado em 20 de julho de 2017 às 13h24.

Última atualização em 20 de julho de 2017 às 13h25.

Caracas - A greve geral de 24 horas convocada para esta quinta-feira pela oposição da Venezuela está tendo uma adesão parcial, especialmente no leste da capital do país, onde estabelecimentos comerciais e escritórios amanheceram fechados e as principais vias foram bloqueadas ao trânsito.

Os distritos de El Hatillo, Chacao, e Sucre, redutos do antichavismo governados por opositores, têm suas atividades praticamente paralisadas e a maioria de suas ruas foi tomada por manifestantes desde as 7h locais (8h de Brasília), o que também impediu o funcionamento do transporte público.

Apenas alguns estabelecimentos comerciais e as instituições bancárias operam com normalidade, especialmente estas últimas, depois da decisão repentina do governo venezuelano de pagar os aposentados hoje, o que está gerando longas filas de idosos em vários bancos.

A "greve cívica" é parte da fase "superior" de pressão dos opositores contra o governo de Nicolás Maduro, ativada depois do plebiscito não oficial de domingo, que foi realizado pela oposição sem o reconhecimento do governo e no qual participaram 7,5 milhões de venezuelanos, segundo os organizadores.

A paralisação em estabelecimentos comerciais e escritórios é maior na zona leste da cidade do que no oeste, sede dos poderes públicos do país e governado pelo chavismo, onde a jornada se desenvolve com aparente normalidade.

O ministro do Trabalho, Néstor Ovalles, tachou de "irresponsável" a convocação à greve e assegurou que esta não tem respaldo legal, pois responde a motivos de caráter político e não a questões trabalhistas, nem a nenhum dos aspectos contemplados na legislação local que regulamenta a paralisação das atividades nas empresas.

O ministro disse que a legislação contempla sanções às empresas que "violem o direito ao trabalho" e que isto será levado em conta hoje para evitar que a "cúpula empresarial" apoie a iniciativa dos opositores de Maduro.

Acompanhe tudo sobre:GrevesNicolás MaduroProtestosVenezuela

Mais de Mundo

Votação antecipada para eleições presidenciais nos EUA começa em três estados do país

ONU repreende 'objetos inofensivos' sendo usados como explosivos após ataque no Líbano

EUA diz que guerra entre Israel e Hezbollah ainda pode ser evitada

Kamala Harris diz que tem arma de fogo e que quem invadir sua casa será baleado