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Greve deixa Buenos Aires tomada pelo lixo

Somente na capital argentina são geradas quase 5.000 toneladas diárias de lixo

O lixo tomou conta das ruas da capital argentina (Arquivo/AFP)

O lixo tomou conta das ruas da capital argentina (Arquivo/AFP)

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Da Redação

Publicado em 19 de outubro de 2010 às 18h48.

Buenos Aires - As ruas da capital argentina e sua povoada periferia acumularam 20 mil toneladas de lixo em função de uma greve trabalhista que terminou nesta terça-feira, prejudicando 14 milhões de habitantes, informaram autoridades e sindicatos que chegaram, depois, a um acordo.

A paralisação dos trabalhadores da estatal Coordenação Ecológica da Área Metropolitana teve início no domingo para pedir que fossem realizadas as obras prometidas para a construção de novos centros de processamento de resíduos.

O chamado cinturão ecológico, localizado a 40 km a noroeste de Buenos Aires, processa cerca de dois milhões de toneladas de resíduos anuais.

"Serão aplicadas novas tecnologias (...) e será feito um polo ambiental", anunciou em uma coletiva de imprensa o deputado peronista (pró-governo) Jorge Manzini, líder do sindicato que organizou a greve.

As autoridades da capital argentina, com três milhões de habitantes, chegaram a analisar a possibilidade de declarar estado de emergência sanitária, caso o protesto continuasse.

Fabio López, líder do sindicato do setor, denunciou "esvaziamento da empresa", o que motivou o protesto no cinturão ecológico, onde são colocados os resíduos da área metropolitana.

Somente na capital argentina são gerados quase 5.000 toneladas diárias de lixo.

Lorena Pujó, do Greenpeace, acusou o governo de direita da capital de "não cumprir com a lei do lixo zero", que estabelece para 2012 reduzir 30% dos resíduos que o distrito leva para os aterros sanitários, em relação a 2004, até chegar a zero, em 2020.

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