Grevistas em estação ferroviária da França: greve provoca cancelamentos e atrasos (AFP)
Da Redação
Publicado em 17 de junho de 2014 às 14h13.
Paris - A greve de ferroviários na <strong><a href="https://exame.com.br/topicos/franca">França</a></strong>, que perturba gravemente o tráfego de trens e o transporte público, completou sete dias nesta terça-feira, dia em que o parlamento inicia seus debates sobre uma reforma do setor criticada por dois grandes <strong><a href="https://exame.com.br/topicos/sindicatos">sindicatos</a></strong>.</p>
A greve, que provoca todos os dias muitos cancelamentos de viagens e atrasos, é o primeiro grande conflito social para o governo socialista do presidente François Hollande.
Nesta terça-feira foi prorrogada por mais 24 horas pelas centrais convocantes, CGT-Cheminots (ferroviários) e SUD-Rail.
Apesar das manifestações dos ferroviários em Paris e em várias cidades francesas, o governo está "disposto a ir até o fim" com a reforma, reiterou nesta terça-feira o Secretário de estado francês de Transportes, Frédéric Cuvillier.
A reforma é imprescindível e esta greve "não é nem útil, nem responsável", havia declarado na segunda-feira o primeiro-ministro socialista, Manuel Valls, na rádio.
A reforma tem por objetivo estabilizar a enorme dívida de 44 bilhões de euros do setor ferroviário francês e preparar sua abertura à concorrência. Para isso, o governo prevê agrupar em um holding público a SNCF (Sociedade Nacional de Ferrovias francesa) e a RFF (Rede Ferroviária da França).
A oposição de direita UMP, que considera a greve escandalosa, prometeu não fazer os debates durarem no Parlamento. "Entendemos que a tática dos grevistas é prorrogar a greve enquanto durarem os debates. Portanto, não os faremos durar", declarou o presidente do grupo UMP na Assembleia Nacional (Câmara Baixa), Christian Jacob.
Está previsto que o debate parlamentar se prolongue até quinta-feira.