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Greve contra batedores de carteiras fecha Museu do Louvre

Os batedores de carteiras são cada vez mais numerosos, e têm prejudicado a imagem turística de Paris


	Entrada do Museu do Louvre: o Louvre recebe 10 milhões de visitantes a cada ano.
 (Lionel Bonaventure/AFP)

Entrada do Museu do Louvre: o Louvre recebe 10 milhões de visitantes a cada ano. (Lionel Bonaventure/AFP)

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Da Redação

Publicado em 10 de abril de 2013 às 17h25.

Paris - O maior museu do mundo, o Louvre, fechou nesta quarta-feira por causa de uma paralisação dos agentes da segurança em protesto contra os batedores de carteiras, cada vez mais numerosos, e que têm prejudicado a imagem turística de Paris.

O museu será reaberto na quinta-feira. Os sindicatos indicaram que haviam conseguido da diretoria da instituição o compromisso de adotar medidas contra as agressões ligadas aos batedores de carteira, segundo uma fonte sindical.

Entre as medidas, a força policial deverá ser reforçada consideravelmente.

A última greve no museu foi em dezembro de 2009 e durou vários dias.

Monika Kreuzig, professora austríaca de francês em visita à capital francesa com seus alunos, se disse "muito decepcionada".

Ela explicou que ficou na fila "por mais de uma hora em vão" em frente à Pirâmide de entrada do museu e infelizmente precisará partir em dois dias.

Segundo a direção do Louvre, que apresentou uma queixa junto ao Ministério Público de Paris em 2012 e pediu reforços policiais para combater as redes de batedores de carteira que atuam em suas instalações, "duzentos agentes que fazem a segurança do estabelecimento exerceram o seu direito nesta quarta-feira".

A paralisação espontânea dos funcionários foi um ato de "desespero". Enquanto monitoram as obras de arte e o público em geral, "são vítimas cada vez mais frequentes de agressões, cuspes, ameaças e insultos por parte de gangues de ladrões, muitas vezes menores de idade, que atacam os visitantes sem que ninguém intervenha", denunciou o sindicato.


A direção indicou que havia registrado "150 queixas de visitantes".

"Sempre existiram batedores de carteira no Louvre e nos locais turísticos do centro de Paris, mas há um ano e meio, são cada vez mais violentos, andam em bando e seu modus operandi é errante. Nada os para", ressalta Sophie Aguirre, agente de segurança do museu e sindicalista.

Um de seus colegas citou um caso de uma "sala evacuada emergencialmente em um domingo, após um ataque a um casal praticado por batedores de carteira que voltaram na semana seguinte" para novos roubos.

Esses ladrões, segundo vários agentes, são geralmente menores de idade do leste europeu que entram gratuitamente no museu em grupos de "20 ou 30" e às vezes adultos, que mesmo quando detidos pela polícia voltam a roubar dias depois.

Cerca de cem de agentes da segurança se reuniram em frente ao Ministério da Cultura, onde uma delegação foi recebida.

Após este encontro, o ministério indicou que a ministra da Cultura, Aurélie Filippetti, entrará em contato com o ministro do Interior, Manuel Valls, "a fim de implantar um dispositivo de segurança adaptado a esta situação inaceitável e reforços policiais no exterior dos museus".

A direção do museu indicou à AFP ter decidido tomar medidas de interdição temporária aos delinquentes que já foram identificados.


O Louvre recebe 10 milhões de visitantes a cada ano. Cerca de mil agentes e 470 funcionários trabalham diariamente no local, segundo a direção.

Esta situação é um novo golpe para a imagem da capital, após as repetidas agressões a turistas chineses que provocaram a reação de Pequim e fizeram com que o Ministério do Turismo abrisse uma investigação.

Em 20 de março, um grupo de 23 chineses que acabava de chegar a Paris foi assaltado em frente a um restaurante. Seu guia foi agredido e os bandidos levaram uma mochila com os passaportes e uma grande quantidade de dinheiro do grupo.

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