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Greve bloqueia entrada de veículos na Argentina e atrasa exportações

Os manifestantes impedem a entrada de 35 mil veículos, grande parte deles fabricados no Brasil, e atrasam a exportação de outros 30 mil

Os funcionários reivindicam um adicional de 1,5 mil mil pesos e um aumento salarial de 40% (Getty Images)

Os funcionários reivindicam um adicional de 1,5 mil mil pesos e um aumento salarial de 40% (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 23 de maio de 2011 às 12h33.

Buenos Aires - Uma greve de trabalhadores do Registro Automotor da Argentina mantém bloqueada a entrada no país de cerca de 35 mil veículos e atrasa a exportação de outras 30 mil unidades, informaram nesta segunda-feira à Agência Efe fontes sindicais.

O ministro de Justiça argentino, Julio Alak, se comunicou nesta segunda-feira com dirigentes sindicais para buscar uma saída ao conflito, mas a responsável da Associação de Trabalhadores do Estado, Isabel Vieyra de Abreu disse que a medida será mantida que seja apresentada "uma proposta concreta" de aumento salarial.

Cerca de 35 mil automóveis procedentes do exterior, grande parte deles fabricada no Brasil, permanecem retidos no porto de Zárate-Campana, a 70 quilômetros de Buenos Aires, à espera das permissões correspondentes emitidas pelo Registro Automotor, que faz greve nas terças, quartas e quinta-feira há aproximadamente um mês.

Além disso, pelo menos 30 mil veículos esperam para ser exportados pelas multinacionais que operam na Argentina, que no ano passado exportaram 447.953 automóveis e importaram 435.767 unidades.

"Há mais de um ano e meio que pedimos uma mesa de negociação e não há resposta. Pedimos (um adicional) de 1,5 mil mil pesos (US$ 365,8) de emergência e um aumento salarial de 40%", disse Isabel.

O setor automotivo também se viu afetado nos últimos dias pelo conflito entre Argentina e Brasil por causa da aplicação de medidas protecionistas por parte de ambos os países.

O Governo brasileiro impôs há duas semanas licenças não automáticas à importação de automóveis de todo o mundo, mas a medida foi interpretada na Argentina como uma represália às barreiras que o país impõe aos alimentos procedentes do Brasil.

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