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Greta Thunberg se declara inocente em julgamento em Londres

No dia 18 de outubro, os manifestantes criticaram o projeto do governo britânico para a reserva de petróleo de Rosebank, no Mar do Norte

Ativista Greta Thunberg (AFP/AFP)

Ativista Greta Thunberg (AFP/AFP)

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Agência de notícias

Publicado em 15 de novembro de 2023 às 12h39.

Julgada em Londres por uma manifestação climática que interrompeu uma conferência organizada em outubro pela indústria dos combustíveis na capital britânica, a ativista ambiental sueca Greta Thunberg se declarou inocente, nesta quarta-feira (15), de crimes contra a ordem pública.

Em sua chegada à Westminster Magistrates Court, a ativista de 20 anos, que virou símbolo mundial da luta pela defesa do meio ambiente, parecia tranquila, ao lado dos demais acusados.

Thunberg e os outros réus ecologistas foram recebidos por militantes do Greenpeace e da Fossil Free London, organizações que convocaram a manifestação do mês passado. Eles exibiam cartazes com a frase "Faça os poluidores pagarem".

A ativista falou apenas para confirmar sua identidade e se declarar inocente, assim como os outros quatro acusados que compareceram à audiência nesta quarta-feira. O grupo foi liberado em seguida e deve aguardar um julgamento de dois dias em Londres, que começará em 1º de fevereiro.

Vinte e seis pessoas, incluindo Thunberg, que foram detidas na manifestação de 17 de outubro na capital britânica, estão sendo processadas.

Thunberg e os colegas foram acusados de perturbação da ordem pública, após o protesto diante do Energy Intelligence Forum, uma conferência que reuniu as principais empresas de petróleo e gás em um hotel de luxo da capital britânica.

A jovem foi detida e liberada sob supervisão judicial. No dia seguinte, ela participou de um novo protesto diante do mesmo hotel, com um número ainda maior de pessoas.

No dia 18 de outubro, os manifestantes criticaram o projeto do governo britânico para a reserva de petróleo de Rosebank, no Mar do Norte.

O governo do Reino Unido anunciou recentemente a concessão de um grande número de novas licenças de exploração de petróleo e gás, para que o país tenha independência energética. O tema virou uma das prioridades do Executivo do primeiro-ministro conservador, Rishi Sunak.

Essa e outras medidas provocaram a indignação das organizações ambientalistas, que apresentaram vários recursos legais e intensificaram suas ações.

O governo conservador britânico adotou uma legislação mais severa para impedir as ações dos ambientalistas.

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