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Grécia vive 19º dia de protestos e sindicato promete greve

O governo grego quer agora aumentar ainda mais os impostos e cortar mais gastos para cumprir metas fiscais, causando revolta da população

Pessoas protestam em frente ao Parlamento grego contra as medidas econômicas e a corrupção do governo, na praça Sintagma, em Atenas (Pascal Rossignol/Reuters)

Pessoas protestam em frente ao Parlamento grego contra as medidas econômicas e a corrupção do governo, na praça Sintagma, em Atenas (Pascal Rossignol/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 13 de junho de 2011 às 10h59.

Atenas - Mais de 20 mil gregos protestaram neste domingo em Atenas contra o novo plano de austeridade do governo, e trabalhadores da estatal de energia PPC anunciaram uma greve contra a proposta de privatização da empresa.

No 19º dia seguido de protestos contra as medidas de austeridade que o governo socialista espera aprovar neste mês, os manifestantes se concentraram em frente ao Parlamento, gritando "Ladrões! Ladrões! Ladrões!".

A Grécia não conseguiu cumprir as metas fiscais previstas no pacote de resgate de 160 bilhões de dólares da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional (FMI). O governo, por isso, quer agora aumentar ainda mais os impostos e cortar mais gastos.

O plano prevê a venda de bens do Estado no valor de 50 bilhões de euros. O principal deles é a empresa de energia PPC. No entanto, sindicalistas, partidos de oposição e parlamentares da própria base do governo são contra a privatização de estatais.

"Somos contra a venda do país. Não fecharemos os nossos olhos", disse o sindicato dos trabalhadores da PPC no sábado. "O sindicato decidiu iniciar uma greve de 48 horas na segunda, dia 20."

O novo plano de austeridade inclui um corte extra de 6,4 bilhões de euros para este ano, quase que dobrando o antes acordado. No primeiro trimestre, a economia da Grécia contraiu 5,5 por cento. O desemprego passa dos 16 por cento.

O governo pensa em iniciar as discussões sobre o plano neste semana no Parlamento e aprová-lo no fim do mês.

Os manifestantes se dizem frustrados com quem chamam de políticos corruptos que se recusam a ir em cima dos ricos que sonegam impostos e tentam resolver o problema fiscal penalizando os mais pobres.

Sindicatos representantes de milhares de trabalhadores privados e públicos planejam um greve geral no país para a quarta, dia 15.

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