Atenas, capital da Grécia, busca se estabelecer como referência entre as chamas cidades inteligentes (Aris Messinis/AFP)
Agência de notícias
Publicado em 18 de maio de 2024 às 15h24.
A capital da Grécia, Atenas, é uma cidade cosmopolita e berço da civilização ocidental e referência indiscutível das origens da arte, filosofia, ciência e política. Mas, longe de descansar sobre os louros do passado, Atenas busca se estabelecer como referência entre as chamas cidades inteligentes.
O atual momento coloca a capital grega como uma das cidades de ponta, já que em sua costa sul começou a ser implementado um mega projeto chamado 'Ellinikon', a cidade inteligente que promete ser a maior e mais importante da Europa.
O projeto está sendo realizado nos terrenos que ocupavam o antigo aeroporto internacional e contará, segundo o Masterplan, com residências, hotéis e um porto esportivo. Os primeiros residentes poderão dar vida ao local no final de 2026. E, se os prazos estabelecidos forem cumpridos, a cidade ficará totalmente pronta em 2037. Estima-se que a cidade terá em torno de 20 mil habitantes.
Um dos projetos imobiliários de destaque em Ellinikon é a Marina Tower, um arranha-céu que - após longa espera - já está em construção. O imóvel fornecerá ao local as primeiras unidades residenciais e o esperado porto esportivo. Segundo os comerciantes, a torre é um dos ícones imobiliários do que se propõe a ser a cidade inteligente mais importante do Velho Continente.
Outro empreendimento que já começou a ser comercializado (mas ainda não construído) é o bairro 'Little Atenas', um setor residencial de Ellinikon. O espaço, que contará com 243 residências, teve grande aceitação por parte do público. Em pouco tempo, 140 propriedades foram vendidas. Os valores chegam a 641 milhões de euros. Segundo registros, a maioria dos compradores é oriunda da Grécia.
As propriedades de luxo, que estarão localizadas de frente para o mar, são comercializadas por valores que chegam a 15 mil euros por metro quadrado.
A megaobra contempla a ideia de cidade autossustentável e, além disso, responde ao conceito de "cidade de 15 minutos", onde os residentes poderão acessar escolas, parques, escritórios, lojas e até a praia em pouquíssimo tempo. Lá, a inteligência artificial terá um lugar de destaque. Espera-se que tanto os serviços de coleta de resíduos quanto de abastecimento de água sejam gerenciados por sistemas inteligentes.
Em 2014, a Lamda, empresa desenvolvedora por trás do projeto, comprou os terrenos do governo grego por 915 milhões de euros. Desde então, a empresa teve que adiar tanto o início da comercialização quanto das obras por múltiplas situações: crise econômica grega, surgimento da Covid-19 e as consequências geradas pela guerra na Ucrânia.
Hoje, apesar de tudo isso, o projeto está em funcionamento e a empresa responsável pelas obras já voltou aos números positivos. Um fato que leva a crer que não se trata de uma promessa, mas sim de uma próxima realidade.
A Lamda espera até o fim do ano iniciar a construção das primeiras 15 residências e atingir os 100 metros de altura de seu arranha-céu. Enquanto que, daqui a um ano, está prevista a abertura do complexo esportivo com campos de futebol, quadras de tênis e piscinas.