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Grécia reforça segurança para receber papa em Lesbos

Funcionários do alto escalão da Polícia grega já viajaram a cidade de Mitilene e estão em contato próximo com os responsáveis pela segurança do papa


	Papa Francisco: durante a viagem, ele estará acompanhado do patriarca ecumênico de Constantinopla, Bartolomeu I
 (Thomas Mukoya/REUTERS)

Papa Francisco: durante a viagem, ele estará acompanhado do patriarca ecumênico de Constantinopla, Bartolomeu I (Thomas Mukoya/REUTERS)

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Da Redação

Publicado em 12 de abril de 2016 às 13h50.

Atenas - As autoridades gregas preparam um forte esquema de segurança para a chegada do papa Francisco no próximo sábado à Ilha de Lesbos, relatam os jornais gregos nesta terça-feira.

Segundo a emissora pública "ERT", o papa chegará às 10h30 (4h30 em Brasília) à ilha, onde será recebido pelo primeiro-ministro, Alexis Tsipras, e voltará a Roma às 15h (7h em Brasília), embora sua agenda de compromissos ainda não tenha sido divulgada.

Durante a viagem, ele estará acompanhado do patriarca ecumênico de Constantinopla, Bartolomeu I, o que também dará a visita um caráter ecumênico.

Funcionários do alto escalão da Polícia grega já viajaram a cidade de Mitilene e estão em contato próximo com os responsáveis pela segurança do papa e as autoridades locais que planejam a segurança.

Segundo a "ERT", Francisco não usará o 'papamóvel', e fará seus deslocamentos com as demais autoridades religiosas.

Um porta-voz da Polícia grega afirmou à imprensa local que as medidas de segurança "não vão atrapalhar a vida dos moradores", embora devam levar em conta que nada vai "perturbar" a visita de Francisco à ilha.

O papa Francisco pretende mostrar nesta viagem sua proximidade com o dilema dos imigrantes que fogem da miséria e da guerra e que chegam às ilhas do Mar Egeu oriental após uma árdua viagem.

Conforme dados oficiais, mais de 4 mil refugiados estão no Centro de Detenção de Moria e no Acampamento de Kara Tepe, sendo que mais de mil são crianças, muitas desacompanhadas, e cujas condições foram denunciadas por organizações humanitárias.

Só nos primeiros três meses deste ano, 375 pessoas morreram na tentativa de atravessar o Egeu, segundo dados da Organização Internacional de Migrações (OIM), um número muito superior ao do mesmo período de 2015, quando 31 faleceram. 

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