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Grécia paga parcela de empréstimo com fundo de emergência

O país poderá ficar sem liquidez dentro de duas semanas sem um acordo com os credores internacionais para receber fundos


	Alexis Tsipras: o governo tem cada vez menos recursos em consequência da paralisia nas negociações com os credores da Eurozona e do FMI
 (Francois Lenoir/Reuters)

Alexis Tsipras: o governo tem cada vez menos recursos em consequência da paralisia nas negociações com os credores da Eurozona e do FMI (Francois Lenoir/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 12 de maio de 2015 às 13h50.

Atenas - Atenas pagou ao Fundo Monetário Internacional (FMI) uma parcela de 750 milhões de euros recorrendo a um "fundo de emergência" do Banco da Grécia destinado a cobrir "necessidades extraordinárias", informou à AFP uma fonte do Banco Central.

"É uma iniciativa do presidente do Banco da Grécia para sair do bloqueio", afirmou a fonte.

Na segunda-feira, o ministro grego das Finanças, Yanis Varoufakis, advertiu que o país poderia ficar sem liquidez dentro de duas semanas sem um acordo com os credores internacionais para receber fundos.

O ministro fez os comentários ao sair de uma reunião em Bruxelas com os colegas da zona do euro.

O governo de esquerda de Alexis Tsipras tem cada vez menos recursos em consequência da paralisia nas negociações com os credores da Eurozona e do FMI, o que adia a liberação da última parcela da ajuda financeira de 7,2 bilhões de euros.

Na semana passada, o presidente do Banco da Grécia, Yannis Stournaras, informou ao governo que poderia recorrer aos 660 milhões de euros de uma conta especial da instituição, criada para cobrir "necessidades extraordinárias".

A fonte do BC grego afirmou que, após duas reuniões com os colaboradores de Tsipras e uma consulta com o FMI, foi possível desbloquear o dinheiro reservado às situações "muito graves".

O restante da parcela de 750 milhões de euros foi concedido pelo Estado.

Em um comunicado, o governo grego informa que as administrações locais e os organismos públicos depositaram um total de 600 milhões de euros nas contas do Banco Central, após a decisão do governo de impor a transferência das reservas.

O objetivo da ordem é que o Estado possa emitir dívida a curto prazo para continuar cobrindo as necessidades de financiamento.

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