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Grécia não precisa reestruturar dívida, diz FMI

Fundo acredita que o país está na direção certa para se sustentar após impacto de sua dívida pública

FMI revisa o programa de ajuda a cada três meses e pode mudar programa no caso da Grécia (Garth Burger/Stock.xchng)

FMI revisa o programa de ajuda a cada três meses e pode mudar programa no caso da Grécia (Garth Burger/Stock.xchng)

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Da Redação

Publicado em 12 de maio de 2011 às 12h05.

Frankfurt - O diretor do departamento da Europa do FMI, Antonio Borges, disse nesta quinta-feira em Frankfurt que a Grécia tem agora um programa de ajuda da instituição e que não é necessário reestruturar sua dívida.

"Neste momento acreditamos que a Grécia segue na direção certa para alcançar a sustentabilidade e consideramos que não é necessário reestruturar a dívida", segundo explicou Borges na apresentação das perspectivas para a Europa do Fundo Monetário Internacional (FMI).

"Enquanto houver um programa, é porque pensamos que é sustentável e não é necessário reestruturar", disse Borges.

Ao mesmo tempo, o diretor do departamento da Europa do FMI advertiu que o organismo pode mudar sua posição dependendo da sequência do programa.

Borges acrescentou que o FMI revisa o programa de ajuda a cada três meses e que a última revisão aconteceu em fevereiro. Na época, estavam "seguros" de que "estava em andamento" e havia melhoras.

A nova revisão apresentará suas conclusões em junho, comentou.

Borges enfatizou que "é muito importante entender que se trata de programas a longo prazo. O programa grego é muito ambicioso; a correção que requer e o ajuste que implica são bastante substanciais".

O diretor do departamento da Europa do FMI disse que o futuro do programa de ajuda depende do Governo grego e que, se a Grécia necessitar de mais tempo ou de outro programa de ajuda, é algo que o país deve decidir, já que o FMI estará disponível sempre que houver as condições adequadas.

Bruxelas também sustenta que a reestruturação da dívida pode ter consequências "devastadoras" para a Grécia e provocar uma contração "sem precedentes" da economia, quebras bancárias e uma "restrição do crédito em massa".

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