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Grécia inicia 2 dias de greve geral e manifestações maciças

A greve deve paralisar a atividade econômica do país, incluído o fechamento do espaço aéreo

Os sindicatos convocaram os dois dias de protesto em resposta às medidas adicionais de cortes de receita, previdência e mais impostos (Louisa Gouliamaki/AFP)

Os sindicatos convocaram os dois dias de protesto em resposta às medidas adicionais de cortes de receita, previdência e mais impostos (Louisa Gouliamaki/AFP)

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Da Redação

Publicado em 19 de outubro de 2011 às 07h43.

Atenas - A Grécia vive nesta quarta-feira o primeiro dos dois dias consecutivos de greve geral, o que deve paralisar a atividade econômica do país, incluído o fechamento do espaço aéreo.

Os controladores aéreos anunciaram na terça-feira à noite adesão ao protesto por 12 horas, gerando 300 cancelamentos no país. Pelo menos 16 voos tiveram alterações.

Durante as primeiras 4h desta quarta-feira, o transporte público na capital ficou paralisado.

Os sindicatos convocaram os dois dias de protesto em resposta às medidas adicionais de cortes de receita, previdência e mais impostos, da mesma forma que as demissões de funcionários públicos e redução de salários no setor privado, adotadas para que a Grécia possa reduzir o déficit de 10,6% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2010 ao 8,5% este ano.

O Parlamento deve aprovar nesta quinta-feira um projeto de lei que permite a imediata implementação das medidas para arrecadar 7,1 bilhões de euros adicionais nos próximos 27 meses.

Para protestar contra as novas medidas, os sindicatos dos funcionários públicos (Adedy) e dos trabalhadores do setor privado e de empresas semiestatais GSEE convocaram duas grandes manifestações para o centro de Atenas a partir das 7h (de Brasília). O mesmo deve ocorrer em outras cidades do país.

A Polícia de Atenas instalou uma cerca metálica na entrada do Parlamento. Nos arredores do prédio, um grande contingente de policiais das tropas de choque está de prontidão, pois os manifestantes se concentram principalmente em frente à Câmara.

A indústria, o ensino, sítios arqueológicos e museus, bancos, ministérios, tribunais e serviços públicos estão praticamente paralisados pela falta de trabalhadores.

Profissionais como advogados, funcionários da Fazenda e de Alfândegas continuam com as greves até sexta-feira e os taxistas se somaram a greve de 48 horas.

Nesta quarta-feira também permanecerão fechados os postos de gasolina, padarias, farmácias e comércios.

Dezenas de toneladas de lixo permanecem nas ruas do país inteiro apesar do decreto de mobilização civil da véspera do Governo para que se faça o recolhimento.

As autoridades expressaram a preocupação pelo risco que representa essa situação à saúde pública, pois existe o temor de epidemias e que o lixo acumulado nas ruas possa ser incendiado durante as manifestações previstas para esta quarta-feira. EFE

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