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Grécia diz precisar de acordo com credores até o fim do mês

O governo gastou toda sua reserva para pagar a dívida que tinha com o FMI, mas agora está sem opção para o pagamento de outra dívida no mês que vem


	Bandeiras da Grécia (D) e da União Europeia: "Para honrar suas próximas obrigações, a Grécia precisa de mais ajuda financeira", a acrescentou o porta-voz
 (Yves Herman/Reuters)

Bandeiras da Grécia (D) e da União Europeia: "Para honrar suas próximas obrigações, a Grécia precisa de mais ajuda financeira", a acrescentou o porta-voz (Yves Herman/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 18 de maio de 2015 às 14h42.

Atenas - A Grécia assinalou nesta segunda-feira que necessita de um acordo com seus credores internacionais até o final do mês de maio, para evitar um calote de sua dívida.

Por quase quatro meses, a Grécia tem tentado abrandar as reformas econômicas necessárias para poder receber a parcela de ajuda financeira, no valor de 7,2 bilhões de euros.

Na última semana, o governo grego gastou toda sua reserva para pagar a dívida que tinha com o Fundo Monetário Internacional (FMI), de mais de 750 milhões de euros, mas agora está sem opção para o pagamento de outra dívida no mês que vem. Atenas reuniu reservas de caixa de escolas, hospitais e órgãos do governo para financiar o pagamento da dívida do Estado.

"Nós demonstramos que podemos pagar nossas obrigações até agora, com grande dificuldade, mas não escondemos isso", disse o porta-voz do governo, Gabriel Sakellaridis.

"Para honrar suas próximas obrigações, a Grécia precisa de mais ajuda financeira", a acrescentou o porta-voz. Como resultado, Sakellaridis disse que espera um acordo com credores "até o final de maio".

A incerteza em torno da situação grega fez com que a taxa de juro dos títulos do governo de dois anos, que funciona como um medidor de risco de não cumprimento dos pagamentos, aumentasse cerca de três pontos percentuais nesta segunda-feira, para acima de 24%, enquanto que a bolsa de Atenas caiu quase 2% durante o pregão.

Nas negociações, o governo de esquerda da Grécia está propondo medidas de reforma que protegem os gregos, que já enfrentam uma recessão de seis anos, mas os credores dizem que são fracas.

Sakellaridis insistiu que a Grécia não aceitará uma taxa de depósito bancário para resolver a crise da falta de dinheiro. 

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