Mundo

Grécia avança nas negociações para formar novo governo

Lucas Papademos, ex-BCE, é o favorito para assumir o cargo de primeiro-ministro no governo de coalizão

Gabinete do governo grego reunido no Parlamento: negociações continuam (AFP / Prime Ministers Office/ Vasilei)

Gabinete do governo grego reunido no Parlamento: negociações continuam (AFP / Prime Ministers Office/ Vasilei)

DR

Da Redação

Publicado em 8 de novembro de 2011 às 15h06.

Atenas - A Grécia espera conhecer nesta terça-feira o nome do seu novo primeiro-ministro, que dirigirá uma coalizão entre o governante PASOK (socialista) e a oposição de direita, num momento em que a Eurozona e os Estados Unidos aguardam com impaciência a formação de um novo governo.

As tentativas de chegar a um consenso sobre o novo chefe de governo, que substituirá o atual primeiro-ministro Georges Papandreou, prosseguiram nesta terça-feira com o líder do partido Nova Democracia, Antonis Samaras, segundo fontes diplomatas.

Na noite de segunda-feira, os líderes da Eurozona pediram aos partidos do futuro governo de coalizão na Grécia um compromisso por escrito de que irão continuar com as reformas econômicas e cortes nos gastos públicos, em troca da ajuda prometida.

Os Estados Unidos demonstraram satisfação quanto ao acordo alcançado pela Grécia para a adoção de novas medidas de austeridade, mas ressaltaram que o próximo governo de Atenas terá que cumprir todas as condições estabelecidas para o resgate do país de maneira rápida.

O plano, aprovado na madrugada do dia 27 de outubro em Bruxelas, prevê uma ajuda total de 130 bilhões de euros (entre créditos e garantias), além de uma dedução de 100 bilhões de euros de dívidas de um total de 350 bilhões. Em contrapartida, Atenas deverá se submeter a um plano de rigor e aceitar ficar sob tutela.

Lucas Papademos, ex-diretor do Banco Central Europeu (BCE), braço direito de Jean-Claude Trichet, e conselheiro de Papandreou, será, segundo a imprensa local, o novo primeiro-ministro.

Outros nomes foram evocados para ocupar o cargo, como Nikiforos Diamanturos o representante grego no Fundo Monetário Internacional, Panayotis Rumeliotis.

Segundo o diário pró-governamental, Ta Nea, Papademos impôs, como condição à sua renúncia, ocupar o cargo de ministro das Finanças. O atual titular é Evangeles Venizelos.

Samaras disse em várias ocasiões ser favorável ao resgate europeu. Contudo, considerou que o contínuo aumento dos impostos terá consequências negativas na retomada do crescimento econômico.

"A Grécia avança lentamente, apesar da pressão da União Europeia", afirmou o jornal, que expressou a "decepção" quanto à "incapacidade de Papandreou e Samaras em chegar a um acordo sobre um novo governo".

Por sua vez, o jornal financeiro Naftemporiki sublinhou que "as pressões da Europa" servem para que os dois partidos acordem e formem um governo.

Acompanhe tudo sobre:PolíticaEuropaPiigsGréciaCrise grega

Mais de Mundo

"Hamas sentiu o nosso poder, atacamos Gaza com 153 toneladas de bombas", afirma Netanyahu

Presidente eleito da Bolívia afirma que vai retomar relações com os EUA após quase 20 anos

Cidadania espanhola 'facilitada' acaba nesta quarta-feira; saiba o que muda na Lei dos Netos

Número de mortos por inundações e deslizamentos no México chega a 76