Bandeira da Grécia: segundo a minuta, a despesa primária baixará de 44,8 bilhões de euros previstos para este ano para 41,9 bilhões em 2014 (John Kolesidis/Reuters)
Da Redação
Publicado em 21 de novembro de 2013 às 08h31.
Atenas - O ministro de Finanças da Grécia, Yannis Sturnaras, entregou nesta quinta-feira no Parlamento a minuta do Orçamento Geral do Estado de 2014, que, sem o acordo com a troika, possivelmente ainda ficarão sujeitos a algumas remodelações.
Segundo a minuta, a despesa primária baixará de 44,8 bilhões de euros previstos para este ano para 41,9 bilhões em 2014.
A renda, por sua vez, aumentará de 47,3 bilhões em 2013 a 49,6 bilhões em 2014.
A nova minuta - a primeira foi esboçada há um mês - estabelece que o superávit primário (que exclui o pagamento de juros) será de 812 milhões de euros este ano, o que equivale a 0,4% do Produto Interno Bruto (PIB).
No cálculo anterior havia se considerado um superávit de 730 milhões de euros.
Para 2014, as previsões são ainda mais otimistas pois, segundo o Ministério das Finanças, o superávit primário alcançará 2,9 bilhões de euros, 1,6% do PIB.
O déficit fiscal para 2013 é estimado em 3,9 bilhões de euros (2,2% do PIB) e de 4,2 bilhões (2,3% do PIB) em 2014.
A dívida se situará previsivelmente em 175,5% em 2013 e se reduzirá ligeiramente para 174,8% em 2014.
Os orçamentos foram elaborados sobre o suposto que a economia crescerá 0,6% no ano que vem, frente a um retrocesso de 4% em 2013.
Além disso, estima-se que a taxa de desemprego cairá para 24,5% no próximo ano, em comparação com os 25,5% em 2013.
Após entregar o documento de 240 páginas no escritório do Parlamento, Sturnaras se mostrou otimista em relação à evolução que a economia grega terá em 2014.
"Os sacrifícios do povo grego acabaram", disse Sturnaras, quem insistiu que não haverá mais cortes generalizados mas unicamente medidas de economia estruturais.
A minuta orçamentária foi apresentada sem a aprovação da troika que deixou hoje Atenas sem ter alcançado progressos substanciais na revisão do programa de resgate, o que atrasa o desembolso do lance pendente no valor de 1 bilhão de euros.
Os credores puseram nas últimas semanas em suspenso o otimismo dos cálculos oficiais gregos e acham necessárias reformas estruturais maiores.
O debate no plenário começará no dia 3 ou no dia 4 de dezembro, informou o ministério.