Mundo

Grandes potências dizem a Irã que porta da negociação segue aberta

Washington - O grupo de grandes potências formadas pelo G5+1 e a União Europeia (UE) renovaram sua oferta de diálogo ao Irã, apesar das sanções unilaterais impostas esta semana pelos Estados Unidos, informou hoje o Departamento de Estado. "Eles repetiram sua oferta de se reunir com o Irã para discutir sobre o assunto nuclear e […]

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 2 de julho de 2010 às 23h33.

Washington - O grupo de grandes potências formadas pelo G5+1 e a União Europeia (UE) renovaram sua oferta de diálogo ao Irã, apesar das sanções unilaterais impostas esta semana pelos Estados Unidos, informou hoje o Departamento de Estado.

"Eles repetiram sua oferta de se reunir com o Irã para discutir sobre o assunto nuclear e enfatizaram que a porta segue aberta", disse Mark Toner, porta-voz do Departamento de Estado.

O subsecretário para Assuntos Políticos do Departamento de Estado, William Burns, manteve uma série de reuniões com seus parceiros do G5+1 (os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas - EUA, Rússia, França, Grã-Bretanha e China - e a Alemanha) e com a chefe da diplomacia da União Europeia, Catherine Ashton.

O objetivo destas reuniões, disse Toner, foi "revisar a situação a respeito do programa nuclear iraniano".

Segundo o porta-voz, todos os países e a União Europeia reafirmaram seu apoio à resolução 1929, tomada pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas mês passado, que estabelece um novo e mais duro regime de sanções a Teerã até que seu programa nuclear seja esclarecido perante a comunidade internacional.

No entanto, também reiteraram que o objetivo do grupo é encontrar uma solução dialogada com o Irã para colocar fim as décadas de hostilidade entre o regime iraniano e o ocidente.

Toner destacou que Ashton comunicou esta intenção ao Irã em carta enviada ao Governo presidido por Mahmoud Ahmadinejad, na qual reiteraram que a porta do diálogo "segue aberta".

O Congresso americano, no entanto, aprovou um pacote de novas restrições em matéria energética e financeira ao Irã, assinado pelo presidente Barack Obama esta semana.

A Câmara de Representantes e o Senado aprovaram semana passada um projeto de lei que impõe sanções contra negócios que dêem ao Irã petróleo refinado ou lhe ajudem a fabricá-lo, e contra instituições financeiras que façam negócios com a Guarda Revolucionária iraniana.

O texto indica que os bancos estrangeiros que façam negócios com bancos iranianos que estejam na "lista negra" americana terão duas opções: encerrar suas atividades ou se arriscar a que os Estados Unidos bloqueiem o acesso a seu sistema financeiro.

Obama assinalou que as sanções são as "mais duras jamais aprovadas contra esse país pelo Congresso" americano e advertiu ao Irã que "continuará a pressão" internacional para evitar que a República Islâmica possa fazer-se com armamento nuclear.

O Irã desenvolve um plano de enriquecimento de urânio que assegura que tem fins pacíficos, mas a comunidade internacional suspeita que sob essa aparência Teerã procura construir uma armada nuclear.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaEnergiaEnergia nuclearInfraestruturaIrã - PaísONU

Mais de Mundo

Sobe para 25 o número de mortos em explosões de walkie-talkies do Hezbollah

Exército do Líbano detona dispositivos de comunicação 'suspeitos' após onda de explosões

Parlamento Europeu reconhece Edmundo González Urrutia como presidente eleito da Venezuela

Colômbia suspende diálogo com ELN após ataque a base militar