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Grandes apagões de energia viram rotina no Brasil

Só em 2011, foram 14 grandes ocorrências segundo relatório do Operador Nacional do Sistema Elétrico

Usina de Itaipu, responsável por 19% da energia elétrica: Blecautes acontecem pela piora no fornecimento energético (bergie/Wikimedia Commons)

Usina de Itaipu, responsável por 19% da energia elétrica: Blecautes acontecem pela piora no fornecimento energético (bergie/Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 28 de fevereiro de 2011 às 10h00.

São Paulo - Dez anos depois de mergulhar no maior racionamento da história, o Brasil volta a conviver com problemas no setor elétrico. Mas desta vez a crise não está na falta de energia, como ocorreu em 2001, mas na dificuldade de fazer o produto chegar até o consumidor final. Nos últimos meses, uma série de apagões e blecautes regionais causaram transtornos e prejuízos aos brasileiros.

Só neste ano, até o dia 22, foram 14 grandes ocorrências, conforme relatório do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). A maior delas deixou o Nordeste sem luz por até cinco horas. O incidente - ainda sem explicações precisas - garantiu ao Brasil o título de país com o maior número de blecautes de grandes proporções. Das seis maiores ocorrências registradas no mundo desde 1965, três são do Brasil: em 1999 (97 milhões de pessoas), 2009 (60 milhões) e 2011 (53 milhões), segundo a consultoria PSR. O maior ocorreu na Indonésia, em 2005, atingindo 100 milhões de pessoas.

Além dos grandes apagões, que normalmente ocorrem por falhas no sistema de transmissão, a população também tem convivido com uma série de desligamentos na rede de distribuição, de responsabilidade das concessionárias. Nesses casos, os cortes estão limitados às áreas de concessões das empresas, cidades ou bairros. As companhias alegam que a culpa é de São Pedro e que as redes não têm suportado as fortes chuvas.

Os constantes blecautes estão traduzidos na piora do indicador de qualidade do fornecimento de eletricidade, medido pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Nos últimos três anos, o tempo médio que o brasileiro ficou sem luz subiu quatro horas. “Hoje temos energia e não conseguimos entregá-la com a qualidade necessária. O problema é que o governo nunca explica o real motivo dos apagões”, afirma o diretor-presidente da Associação Nacional dos Consumidores de Energia (Anace), Carlos Faria. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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