Mundo

Grande Mesquita de Paris pede que muçulmanos votem em Macron

Em um comunicado, a instituição religiosa considerou que o ex-ministro da Economia da França "encarna a via da esperança e da confiança"

Emmanuel Macron: segundo turno é considerado "decisivo para o destino da França e suas minorias religiosas" (Sylvain Lefevre/Getty Images)

Emmanuel Macron: segundo turno é considerado "decisivo para o destino da França e suas minorias religiosas" (Sylvain Lefevre/Getty Images)

E

EFE

Publicado em 24 de abril de 2017 às 11h58.

Última atualização em 24 de abril de 2017 às 11h58.

Paris - A Grande Mesquita de Paris pediu nesta segunda-feira aos muçulmanos da França que votem no candidato social liberal Emmanuel Macron, que disputará o segundo turno das eleições presidenciais francesas, no próximo dia 7 de maio, com a ultradireitista Marine Le Pen.

Em um comunicado, a instituição religiosa considerou que o ex-ministro da Economia da França "encarna a via da esperança e da confiança nas forças espirituais e cidadãs da nação, dentro do respeito aos valores republicanos e da aplicação estrita dos princípios do laicismo".

Com 97% dos votos apurados, Macron tinha 23,86% dos votos, frente aos 21,43% de Marine.

O reitor da Grande Mesquita, Dalil Boubakeur, apontou na nota que o segundo turno é "decisivo para o destino da França e suas minorias religiosas".

Essa é a razão, a seu julgamento, pela qual "todos os franceses devem se manter unidos imperativamente frente à realidade da ameaça encarnada por ideias xenófobas perigosas para nossa coesão nacional".

"Perante a ameaça de divisão e de fragmentação da sociedade francesa, (...) a Grande Mesquita lembra aos muçulmanos da França seu dever de votar, um dever enquanto muçulmanos e cidadãos", concluiu.

Macron também recebeu o apoio do Partido Socialista e do candidato conservador François Fillon, que ontem terminou terceiro, enquanto o representante da esquerda radical Jean-Luc Mélenchon, quarto no pleito, não indicou em quem votará no segundo turno.

Acompanhe tudo sobre:EleiçõesEmmanuel MacronFrançaMuçulmanosReligião

Mais de Mundo

Sobe para 25 o número de mortos em explosões de walkie-talkies do Hezbollah

Exército do Líbano detona dispositivos de comunicação 'suspeitos' após onda de explosões

Parlamento Europeu reconhece Edmundo González Urrutia como presidente eleito da Venezuela

Colômbia suspende diálogo com ELN após ataque a base militar