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Ação de resgate na Grécia acontece neste domingo após naufrágio

Havia 14 pessoas a bordo de um cargueiro de 106 metros de comprimento. Um dos tripulantes conseguiu ser resgatado por um helicóptero da Marinha

No momento, a situação dos outros 13 tripulantes não foi revelada (REUTERS/Giorgos Moutafis)

No momento, a situação dos outros 13 tripulantes não foi revelada (REUTERS/Giorgos Moutafis)

AFP
AFP

Agência de notícias

Publicado em 26 de novembro de 2023 às 12h41.

Última atualização em 26 de novembro de 2023 às 12h55.

Uma extensa operação de resgate está em andamento neste domingo (26) na Grécia para tentar salvar 13 tripulantes de um navio cargueiro que naufragou na costa da ilha de Lesbos, em meio a fortes ventos

Havia 14 pessoas a bordo do “RAPTOR”, um cargueiro de 106 metros de comprimento com bandeira das Ilhas Comores, quando às 7h00 (02h00 no horário de Brasília) informou que teve uma avaria mecânica. Uma hora depois, ativou o alerta de emergência “mayday” e desapareceu do radar, segundo as autoridades.

Mas, apesar dos ventos violentos na região, um dos tripulantes conseguiu ser resgatado por um helicóptero da Marinha e levado para um hospital em Lesbos.

"Fiquei em estado de choque", disse à AFP o porta-voz da Guarda Costeira, Nikos Alexiou, sem dar mais detalhes.

No momento, a situação dos outros 13 tripulantes não foi revelada.

Cinco navios, três embarcações da Guarda Costeira, dois helicópteros da Marinha e da Força Aérea e uma fragata foram mobilizados na operação de resgate.

O “RAPTOR” transportava carregamentos de sal e partiu do porto de Dekheilan, no Egito, para Istambul, seu destino final, de acordo com as autoridades.

Este navio, construído em 1984, afundou cerca de 4,5 milhas náuticas (8,3 km) a sudoeste da ilha de Lesbos.

A tripulação é composta por dois sírios, um indiano e 11 egípcios, segundo a agência de notícias grega ANA, citando a empresa libanesa que opera o navio. Um comunicado anterior da Guarda Costeira relatou quatro indianos e oito egípcios.

A água teria se infiltrado massivamente no “RAPTOR” devido às ondas fortes, somando-se ao já significativo peso da carga, segundo a agência ANA.

Fenômeno perigoso

Em vários pontos da Grécia, os barcos tiveram que ficar nas docas este fim de semana devido a rajadas de vento, que atingiram o nível 9-10 na escala Beaufort, que vai até 12. Em outros países europeus, a partir de 7 são consideradas condições meteorológicas perigosas.

Os serviços meteorológicos gregos emitiram um alerta para este fim de semana, que no sábado atingiu o nível de "fenômeno climático perigoso". A tempestade Oliver, também chamada de Bettina, está se movendo do mar Adriático em direção à Grécia.

Em meados de novembro, ventos violentos danificaram um navio de guerra ao longo da costa grega que foi utilizado durante a resistência à junta militar no poder de 1967 a 1974.

Nos últimos meses, o país registrou fenômenos meteorológicos extremos, com inundações e uma série de tempestades.

Em setembro, a região agrícola central da Tessália foi inundada por chuvas diluviais provocadas pela tempestade Daniel. Dezessete pessoas morreram, assim como dezenas de milhares de animais, e cidades inteiras foram destruídas.

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