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Grã-Bretanha planeja referendo sobre sistema eleitoral em 2011

Londres - O Governo britânico planeja a realização de um referendo sobre um possível mudança no sistema eleitoral no Reino Unido em 5 de maio de 2011, informou hoje a "BBC". De acordo com a cadeia pública, está previsto que o primeiro-ministro do Reino Unido, o conservador David Cameron, faça um anúncio na próxima terça-feira, […]

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Da Redação

Publicado em 2 de julho de 2010 às 14h57.

Londres - O Governo britânico planeja a realização de um referendo sobre um possível mudança no sistema eleitoral no Reino Unido em 5 de maio de 2011, informou hoje a "BBC".

De acordo com a cadeia pública, está previsto que o primeiro-ministro do Reino Unido, o conservador David Cameron, faça um anúncio na próxima terça-feira, depois de uma reunião com seu Gabinete.

Cameron deve fazer campanha contra uma mudança no sistema atual, que beneficia seu partido, confirmou hoje um porta-voz.

"Sua opinião é claramente a de que não é a favor" da mudança, afirmou a fonte, mas não especificou até que ponto o líder 'tory' se envolveria na campanha.

Durante as negociações para formar o Executivo de coalizão, foi acordado que os cidadãos seriam consultados sobre a possibilidade de mudar o atual sistema - no qual cada circunscrição vota por apenas um candidato, que ganha por maioria simples - para outro mais proporcional, uma antiga reivindicação dos liberais.

Também foi acordado que os dois parceiros de Governo poderiam fazer campanha conforme suas crenças.

Os conservadores se opõem a modificar o sistema atual porque ele favorece os dois principais partidos - o seu e o Trabalhista -, já que os menores, mesmo recebendo muitos votos, se seu deputado não for eleito não chegam a ter representação parlamentar.

A mudança não seria para um sistema totalmente proporcional, como é pedido pelos liberal-democratas, mas para o chamado sistema de voto alternativo.

Segundo este sistema, os candidatos são votados por ordem de preferência e, se nenhum receber mais de 50% dos votos no primeiro turno, o que receber menos é eliminado e são repartidas as segundas preferências dos eleitores, até que reste apenas um candidato com a maioria dos sufrágios.

O Partido Trabalhista apoia uma mudança no atual sistema eleitoral, mas teme que a coalizão tenha um plano não confessado de reduzir o número de potenciais cadeiras trabalhistas, por meio da eliminação de circunscrições nas quais costumam ganhar.

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