Mundo

Grã-Bretanha não oferece imunidade a chanceler líbio

Ministro das Relações Exteriores "escapou" de Kadafi pela Tunísia, onde pegou um avião para Farnborough, perto de Londres

Mussa Kussa, ex-ministro líbio das Relações Exteriores: deserção enfraquece Kadafi (Mahmud Turkia/AFP)

Mussa Kussa, ex-ministro líbio das Relações Exteriores: deserção enfraquece Kadafi (Mahmud Turkia/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 31 de março de 2011 às 11h12.

Londres - O ministro líbio das Relações Exteriores, Mussa Kussa, não recebeu nenhuma oferta de imunidade da justiça britânica após seu inesperado desembarque em Londres, anunciou nesta quinta-feira o chefe da diplomacia britânica, William Hague.

"Mussa Kussa não recebeu nenhuma oferta de imunidade da justiça britânica ou internacional. Está conversando voluntariamente com as autoridades britânicas neste momento", disse Hague.

"A renúncia dele mostra que o regime de Kadafi, que já viu várias deserções importantes para a oposição, está fragmentado, sob pressão e afundando por dentro", afirmou o secretário do Foreign Office.

"Kadafi deve estar perguntando quem será o próximo a abandoná-lo", completou o chanceler britânico.

Mussa Kussa anunciou a renúncia ao desembarcar no aeroporto de Farnborough, perto de Londres, na quarta-feira à noite procedente da Tunísia.

"Podemos confirmar que Mussa Kussa chegou ao aeroporto de Farnborough em 30 de março procedente de Túnis. Viajou por conta própria e nos disse que renunciou a suas funções", revelou o Foreign Office em um comunicado.

Os dias do regime de Muamar Kadafi estão contados após a deserção na quarta-feira do ministro das Relações Exteriores Mussa Kussa, declarou nesta quinta-feira o ex-ministro líbio da Imigração, Ali Errischi, ao canal France 24.

A renúncia de Kussa, anunciada pela Grã-Bretanha quando o chanceler desembarcou em Londres na quarta-feira, é um "sinal de que os dias do regime estão contados".

"É o fim", declarou Errishi, que também desertou do governo pouco depois do início da revolta popular na Líbia, em fevereiro.

"Sempre disse que os dirigentes líbios são todos reféns em Trípoli. É incrível ver de que maneira Kussa conseguiu escapar", completou.

"Kadafi não conta com mais ninguém. Agora restam apenas ele e os filhos".

Acompanhe tudo sobre:ÁfricaGovernoLíbiaOposição política

Mais de Mundo

Trump nomeia Keith Kellogg como encarregado de acabar com guerra na Ucrânia

México adverte para perda de 400 mil empregos nos EUA devido às tarifas de Trump

Israel vai recorrer de ordens de prisão do TPI contra Netanyahu por crimes de guerra em Gaza

SAIC e Volkswagen renovam parceria com plano de eletrificação